2.1 Qualidade e adequação das Dissertações de Mestrado e Teses de Doutorado em relação às áreas de concentração e linhas de pesquisa do PPGM-UFRJ
A coerência e adequação das Dissertações de Mestrado e Teses de Doutorado defendidas no PPGM-UFRJ em relação ao perfil do Programa, assim como a pertinência de seus temas em relação às áreas de concentração, linhas de pesquisa e projetos dos orientadores, refletem uma preocupação com a adequada vinculação incorporada ao próprio processo seletivo anual de futuros discentes. Anteprojetos de Pesquisa são submetidos aos projetos de pesquisa em andamento no Programa, portanto, na forma de propostas de colaboração, procedimento visando ao fomento de adequação e atualização dos trabalhos em relação ao contexto institucional e acadêmico particular do PPGM-UFRJ. Decorre daí uma clara vinculação das Dissertações e Teses produzidas no Programa com a produção intelectual de discentes e egressos verificada sobretudo no quadriênio 2017-2020.
As bancas de defesa no âmbito do PPGM-UFRJ são aprovadas pela Comissão Deliberativa do Programa com base nos critérios maiores de: a) representação, na composição da banca, da área de concentração e da linha de pesquisa a que o trabalho está vinculado; e b) adequação dos membros aprovados ao tema do trabalho final, a partir do histórico de pesquisador do nome proposto e sua produção acadêmica relacionada. Como estabelece o Regulamento do Programa, as bancas de Mestrado compõem-se de 03 (três) membros, dos quais no máximo 02 (dois) pertencentes ao Programa ou à UFRJ, enquanto aquelas de Doutorado compõem-se de pelo menos 05 (cinco) membros, dos quais no mínimo 02 (dois) e no máximo 03 (três) pertencentes ao Programa ou à UFRJ. Em setembro de 2020, e com o propósito de ampliar a participação de docentes externos à IES, foram aprovadas pela Comissão Deliberativa “Normas para trabalhos finais e bancas examinadoras” contendo, ao lado de recomendações quanto à apresentação, estrutura e extensão dos trabalhos finais do âmbito do Programa, a determinação de que os membros externos das bancas examinadoras do Programa serão preferencialmente também externos à Unidade e credenciados a Programas de Pós-Graduação nas áreas de Música e afins ou áreas relacionadas diretamente ao conteúdo do trabalho apresentado (ver https://ppgm.musica.ufrj.br/wp-content/uploads/2020/10/normas-para-trabalhos-finais-e-bancas-examinadoras-ppgm-ufrj14-09-20.pdf.pdf). No quadriênio 2017-2020, 71,1% (64/90) das bancas contaram com a participação de docente externo à UFRJ; 24,4% (22/90) contaram com a participação docentes de fora do estado do Rio de Janeiro ou de Instituição de Ensino Superior internacional.
2.1.1 Produção intelectual vinculada às Dissertações de Mestrado e Teses de Doutorado do PPGM-UFRJ
Como indicado na análise dos dados quantitativos da participação discente na produção intelectual total do PPGM-UFRJ (“2.2.2”, abaixo), a vinculação da produção discente às Teses e Dissertações do PPGM-UFRJ verifica-se sobretudo na modalidade bibliográfica, onde pode-se dizer que alcança quase a totalidade da produção declarada. Cumpre destacar porém que uma adequada certificação dos dados pertinentes a esse aspecto da produção intelectual discente depende ainda de aperfeiçoamento do mecanismo de vinculação oferecido pela Plataforma Sucupira: de fato, aos coordenadores de PPG é facultado vincular produções apenas a trabalhos finais já cadastrados na plataforma (indicados como “trabalhos de conclusão concluído”), e não a pesquisas ou projeto de pesquisa em andamento. Com isso, inviabiliza-se a declaração da vinculação de produções publicadas em momento anterior às defesas das Dissertações e Teses, importante parte do percurso formativo do discente, perdendo-se portanto a possibilidade de uma real aferição do indicador “produção intelectual vinculada”.
2.1.2 Análise qualitativa de oito Teses de Doutorado e Dissertações de Mestrado
A. Tese de Doutorado “Schottish à brasileira: dos salões às gravações – um percurso transatlântico entre 1850 e 1900” de Osmário Estevam Júnior (defendida em 16 de dezembro de 2020).
a) Aderência do tema em relação ao projeto e linha de pesquisa do orientador: desenvolvida na Área de Concentração “Musicologia” e Linha de Pesquisa “História e Documentação da Música Brasileira e Ibero-americana”, a Tese de Doutorado “Schottish à brasileira: dos salões às gravações – um percurso transatlântico entre 1850 e 1900” desenvolve-se através da busca em acervos de partituras e da pesquisa em jornais da época, propagandas de bailes, concertos e partituras à venda, acarretando a identificação de sujeitos diversos, anônimos ou não, entre músicos, dançarinos, políticos e empresários que contribuíram para o desenvolvimento da schottish no Brasil, desde a sua chegada ao ambiente aristocrático, em 1850, até se encontrar com os músicos de choro da passagem do século XIX para o XX. A pesquisa atende ao objetivo do Projeto de Pesquisa vinculado “Práticas de conjunto e Música de Câmara Brasileira”, com o foco em perspectiva histórica do acervo da instituição e de patrimônios materiais e imateriais brasileiros e ibero-americanos.
b) Contribuição da pesquisa realizada para o desenvolvimento da área de Artes: O trabalho levanta importante acervo documental, com fontes bibliográficas que tratam do tema da schottisch como gênero, bem como sua contextualização histórico social. Discutem-se aspectos de aporte cultural capazes de inserir gêneros europeus na música popular brasileira. Analisam-se algumas composições para compreender aspectos técnicos e teóricos que demonstram as transformações musicais ocorridas no decorrer das décadas. Se reconhece que a schottish passou por diversas fases que a mantém viva até hoje entre os chorões, identificando-se, ainda, que foi a schottish que deu origem ao xote, tanto no nordeste quanto no sul do país. A pesquisa gerou a publicação em 2020 do artigo completo “O schottisch no Brasil no fim do século XIX”, nos Anais do 15º Colóquio de Pesquisa do PPGM-UFRJ, em coautoria com o Prof. Dr. Marcelo Oliveira Verzoni, além do artigo completo “Os metais tenores nas primeiras gravações do brasil”, nos Anais do 17º Colóquio de Pesquisa do PPGM-UFRJ, em coautoria com o Prof. Dr. Antônio José Augusto, também em 2020.
c) Composição das bancas de defesa, quanto à sua diversidade institucional e à qualificação de seus membros para a análise do trabalho: A banca foi composta por professores da UFRJ, UNIRIO e UNESPAR: Profa. Dra. Andrea Albuquerque Adour da Câmara (Orientadora – UFRJ), Allan de Paula Oliveira (UNESPAR), Regina Maria Meirelles Santos (UFRJ), Prof. Dr. Alberto José Vieira Pacheco (UFRJ) e Prof. Dr. Naílson de Almeida Simões (UNIRIO). Todos os professores são da área de Musicologia Histórica, exceto o Prof. Dr. Naílson Simões, que atua na área de Práticas Interpretativas.
B. Tese de Doutorado “Modelagem gestáltica: modelos sistêmicos a partir de princípios da Teoria da Gestalt” de Helder Alves de Oliveira (defendida em 19 de agosto de 2020).
a) Aderência do tema em relação ao projeto e linha de pesquisa do orientador: desenvolvida na Área de Concentração “Processos Criativos” e Linha de Pesquisa “Poéticas da Criação Musical”, a Tese de Doutorado “Modelagem gestáltica: modelos sistêmicos a partir de princípios da Teoria da Gestalt” atende ao objetivo do Projeto de Pesquisa vinculado, “Produção de obras originais a partir da Modelagem Sistêmica do Primeiro Caderno de Ponteios de Camargo Guarnieri”, de aplicação criativa de conceitos e técnicas desenvolvidas dentro do âmbito da Modelagem Sistêmica. A proposta se insere no campo da Musicologia Sistemática aplicada à Composição e traz, além do relato de trabalho do compositor, o desenvolvimento de reflexões sobre a relação entre Modelagem e a Análise Gestáltica para a construção de uma Modelagem Gestáltica. Desta forma, vem ao encontro do objetivo da linha, de foco no estudo de técnicas e poéticas desenvolvidas em torno da criação musical local, regional, nacional e internacional.
b) Contribuição da pesquisa realizada para o desenvolvimento da área de Artes: o trabalho de composição do doutorando Helder Oliveira tem proeminência nacional e internacional, devido aos inúmeros concursos em que foi premiado. A partir dessas premiações, Helder se estabeleceu como um dos artistas mais destacados de sua geração. Helder também foi bolsista de Doutorado Sanduíche na Louisiana State University, onde recebeu a coorientação do Prof. Dr. Jeffrey Perry e ganhou o prêmio “Eisenach Bach”, na Alemanha, com a obra orquestral “Ascensão” op. 39 (2019). A obra utiliza-se de conceitos e ferramentas desenvolvidas na tese e constitui parte integrante do trabalho (ver https://www.facebook.com/fulbrightbrasil/videos/helder-oliveira-m%C3%BAsico-fulbright75/595494741432233). A Modelagem Sistêmica tem sido discutida e aproveitada como técnica composicional e de reflexão sobre a intertextualidade em diversos centros no país e o desenvolvimento e as aplicações propostas pelo aluno podem trazer importantes contribuições para a discussão da intertextualidade nos processos composicionais. A pesquisa gerou uma publicação do artigo “Planejamento composicional de ‘Tenere’ segundo princípios gestálticos”, em coautoria com Alexandre de Souza Ferreira da Silva Pinto, Raphael Sousa Santos, André Codeço dos Santos e Liduino José Pitombeira de Oliveira, nos Anais do XXVII Congresso da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Música (ANPPOM) (ver https://anppom.com.br/congressos/index.php/27anppom/cps2017/paper/viewFile/4761/1562).
c) Composição das bancas de defesa, quanto à sua diversidade institucional e à qualificação de seus membros para a análise do trabalho: a banca contou com membros da UFRJ, da UFRN, da UFBA e da Morgan State University (Maryland, EUA). Todos os membros são das áreas de Musicologia Sistemática e Composição: Prof. Dr. Marcus André Varela Vasconcelos (UFRN), Prof. Dr. Marcos da Silva Sampaio (UFBA), Carlos de Lemos Almada (UFRJ), Prof. Dr. Liduino José Pitombeira de Oliveira (UFRJ) e Prof. Dr. James Lee III (Morgan State University).
C. Tese de Doutorado “Textural Design: A Compositional Theory for the Organization of Musical Texture” de Daniel Moreira de Sousa (defendida em 24 de outubro de 2019).
a) Aderência do tema em relação ao projeto e linha de pesquisa do orientador: desenvolvida na área de concentração “Processos Criativos”, linha de pesquisa “Poéticas da Criação Musical”, a Tese de Doutorado de “Textural Design: A Compositional Theory for the Organization of Musical Texture” de Daniel Moreira de Sousa apresenta completa aderência ao projeto de pesquisa no âmbito do qual desenvolveu-se: “Superfície e estrutura em aplicações da Análise Particional”, coordenado por seu orientador Prof. Dr. Pauxy Gentil Nunes Filho. O projeto, por sua vez, vincula-se ao grupo de pesquisa “MusMat”, revelando assim tanto os requisitos de verticalidade esperados no âmbito do Programa, quanto o caráter interdisciplinar favorecido pela estrutura transversal do grupo de pesquisa – a interdisciplinaridade residindo, no caso, na proposta do grupo de pesquisa no âmbito da formalização de processos musicais, composicionais e analíticos, a partir de modelos matemáticos. Destaque-se o fato de a Tese de Doutorado em questão ter sido inteiramente redigida em inglês, fator de uma divulgação em âmbito internacional da contribuição nela condensada, tendo se beneficiado para tal de estágio doutoral realizado sob orientação do Prof. Dr. Robert D. Morris na Eastman School of Music) no âmbito do Programa de Doutorado-sanduíche no Exterior (PDSE) da CAPES e do Programa Demanda Social da CAPES. A tese inclui também exemplos musicais originais e foca na aplicação dos conceitos e ferramentas desenvolvidas na prática composicional, atendendo assim à demanda da linha, qual seja o estudo de técnicas e poéticas desenvolvidas em torno da criação musical local, regional, nacional e internacional.
b) Contribuição da pesquisa realizada para o desenvolvimento da área de Artes: Consideramos que a Tese de Doutorado de “Textural Design: A Compositional Theory for the Organization of Musical Texture” de Daniel Moreira de Sousa contribui para o desenvolvimento da área de Artes sobretudo por propor uma metodologia original para composição musical definida como “a organização pré-composicional das configurações texturais de uma peça” intitulada “design textural”. Para tal, o autor vale-se do design composicional proposto por Robert Morris, que desenvolve em conexão com a proposta da Análise Particional de Pauxy Gentil-Nunes. Uma discussão acerca da realização dos designs texturais em notação musical surge a partir da formulação dos modos de realização textural, sendo incluídos na Tese aplicações composicionais, ou seja, composições originais do aluno que demonstram a aplicação prática de sua metodologia original. A Tese de Doutorado apresenta produção intelectual qualificada, tendo resultado na publicação dos trabalhos completos: “Planejamento composicional no domínio da textura a partir da expansão dos espaços musicais”, in: “Anais do XXVI Congresso da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Música (ANPPOM)”, 2016; “Particionamento rítmico e contorno textural na obra ‘Variações para orquestra op. 30’, de Anton Webern”, in: “Anais do 15º Colóquio de Pesquisa PPGM-UFRJ”, v. 2, 2020; e “Intertextualidade aplicada ao processo criativo a partir da ‘Sagração da primavera’ e ‘Prélude à l’après-midi d’un faune’”, in: “Anais do XXVII Congresso da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Música (ANPPOM)”, 2020. Outra relevante produção associada à Tese de Doutorado é a estreia internacional da obra Sagração de um fauno na primavera no Hatch Hall da Eastman University (Rochester, New York) em 2018.
c) Composição das bancas de defesa, quanto à sua diversidade institucional e à qualificação de seus membros para a análise do trabalho: A Banca Examinadora da Tese de Doutorado de “Textural Design: A Compositional Theory for the Organization of Musical Texture” de Daniel Moreira de Sousa, presidida pelo orientador do aluno, Prof. Dr. Pauxy Gentil Nunes Filho, foi integrada também pelos professores do PPGM-UFRJ Prof. Dr. Liduino Jose Pitombeira De Oliveira e Prof. Dr. Carlos de Lemos Almada e pelos participantes externos Prof. Dr. Didier Jean Georges Guigue (UFPB) e Prof. Dr. Robert D. Morris (Eastman School of Music), este supervisor do estágio doutoral realizado pelo aluno no âmbito do Programa de Doutorado-sanduíche no Exterior (PDSE) da CAPES. Destaca-se com isso a diversidade institucional e a qualificação de seus membros para a análise do trabalho, e o fato da defesa ter sido realizada totalmente em língua inglesa, paralelamente à realização do “III Congresso da Associação Brasileira de Teoria e Análise Musical (TeMA) & IV Congresso Internacional de Música e Matemática” em outubro de 2019 (ver https://ppgm.musica.ufrj.br/tema-musmat/).
D. Tese de Doutorado “Estilo e sintaxe: quatro ensaios analíticos em práticas do choro” de Willian Fernandes de Souza (defendida em 02 de outubro de 2019).
a) Aderência do tema em relação ao projeto e linha de pesquisa do orientador: desenvolvida na área de concentração “Processos Criativos”, linha de pesquisa “Poéticas da Criação Musical”, a Tese de Doutorado “Estilo e sintaxe: quatro ensaios analíticos em práticas do choro” aborda a constituição de estilos a partir de regras sintáticas, dentro de uma concepção cognitivista, com aplicação ao gênero choro, característico da cidade do Rio de Janeiro. As referências e ferramentas metodológicas caracterizam o vínculo estreito ao projeto de pesquisa “A poética da mente musical: semântica cognitiva e processos criativos”, desenvolvido pelo grupo de pesquisa “Cognição Musical em Processos Criativos (CMPC)”, e ao trabalho do orientador, Prof. Dr. Marcos Nogueira, que tem uma posição destacada no cenário da pesquisa em cognição musical no país. Da mesma forma, atende aos objetivos da linha de pesquisa, focado no estudo de técnicas e poéticas desenvolvidas em torno da criação musical local, regional, nacional e internacional.
b) Contribuição da pesquisa realizada para o desenvolvimento da área de Artes: o trabalho apresenta uma abordagem cognitiva de um dos mais conhecidos gêneros brasileiros – o choro – assim como suas transformações recentes, que são chamadas por vezes de neo-choro ou choro contemporâneo. O aluno recebeu uma bolsa do programa EBW+ (Erasmus) para intercâmbio de 10 meses na Technische Universität Dresden (TUD) na Alemanha, onde pôde desenvolver e compartilhar conhecimentos sobre sintaxe musical e sobre o choro. Durante seu curso, a pesquisa incorreu na publicação do artigo completo “Harmony and form in Brazilian Choro: a corpus-driven approach to musical style analysis”, in: “Journal of New Music Research”, v. 49 n. 5 (2020). Além dessa publicação, Willian também apresentou em 2019 o trabalho “Protocolo analítico para estilos de choro: um ensaio sobre o tango ‘Remando’ de E. Nazareth […]”, no “III Congresso da Associação Brasileira de Teoria e Análise Musical (TeMA) & IV Congresso Internacional de Música e Matemática” (ver https://ppgm.musica.ufrj.br/iii-congress-of-the-brazilian-association-of-music-theory-and-analysis-tema-iv-international-congress-of-music-and-mathematics-full-program/); e, em 2020, uma comunicação sobre a metodologia cognitivista aplicada ao choro brasileiro no Congresso de Música Popular em Graz, na Áustria (ver https://static.uni-graz.at/fileadmin/veranstaltungen/music-psychology-conference2018/documents/ICMPC15ESCOM10abstractbook.pdf). Willian é pianista e compositor, e dedica-se à execução e criação dentro do repertório do choro. Ainda no período de mobilidade, Willian também realizou um recital de piano, com repertório vinculado à sua pesquisa, no Blue Note Dresden (ver https://www.jazzdepartment.com/?artist=w). A interlocução entre a tradição do choro e a academia, com produção bibliográfica e artística, em âmbito internacional, são contribuições importantes do trabalho para a divulgação e desenvolvimento de reflexão sistemática sobre práticas musicais locais, principalmente o choro.
c) Composição das bancas de defesa, quanto à sua diversidade institucional e à qualificação de seus membros para a análise do trabalho: A banca foi composta por docentes da UFRJ, PUC-RJ e UNIRIO: Prof. Dr. Marcos Vinício Cunha Nogueira (UFRJ), Profa. Dra. Sheila Zagury (UFRJ), Prof. Dr. Carlos de Lemos Almada (UFRJ), Profa. Dra. Cilene Aparecida Nunes Rodrigues Nevins (PUC-RJ) e Prof. Dr. Clifford Hill Korman (UNIRIO). Os professores Dra. Sheila Zagury e Dr. Clifford Korman são pianistas de música popular com prática no choro, e o Prof. Dr. Carlos Almada tem vários livros publicados sobre análise de música popular e sobre contraponto no choro. Já a Profa. Dra. Cilene Nevins é Doutora em Linguística pela Universidade de Maryland, College Park, tem especialização em sintaxe teórica. Suas áreas de interesse são: sintaxe e interfaces, gramática e processamento.
E. Tese de Doutorado “Literatura para o violão de 7 cordas brasileiro solista” de Marcello Gonçalves (defendida em 14 de março de 2019).
a) Aderência do tema em relação ao projeto e linha de pesquisa do orientador: desenvolvida na área de concentração “Processos Criativos”, linha de pesquisa “Práticas Interpretativas e seus processos reflexivos”, a Tese de Doutorado “Literatura para o violão de 7 cordas brasileiro solista”, de Marcello Gonçalves situa-se no campo da Pesquisa Artística (“Artistic Research”), onde o autor se coloca como membro de um movimento coletivo de continuidade e renovação do choro, junto com importantes músicos de projeção nacional e internacional, tais como Rogério Caetano e Yamandu Costa. O trabalho inclui extenso material audiovisual, com entrevistas ilustradas por performances em que é discutida a construção de uma linguagem distinta para o violão de sete cordas a partir dos trabalhos seminais de Dino 7 Cordas e Raphael Rabello. Marcello tem extensa experiência como violonista de sete cordas, sendo também um instrumentista com grande projeção e reconhecimento no meio profissional (ver https://dicionariompb.com.br/marcello-goncalves). Foi orientado pela Profa. Dra. Márcia Ermelindo Taborda no projeto “A prática interpretativa no domínio do conhecimento histórico”, onde a interpretação é analisada dentro de tradições locais em perspectivas diacrônicas.
b) Contribuição da pesquisa realizada para o desenvolvimento da área de Artes: O autor apresenta material rico e inédito sobre trabalhos importantes para a consolidação da linguagem interpretativa do choro e, mais especificamente, do violão de 7 cordas no Rio de Janeiro e no Brasil. Para subsidiar essa análise, são levantadas publicações sobre o assunto em formato de livros, textos acadêmicos, partituras, registros fonográficos e performances em vídeos, além de entrevistas, algumas realizadas especificamente para a tese. O trabalho envolve também a análise de gravações e a produção de transcrições em partitura de peças escritas para violão de 7 cordas solista. A discussão sobre decisões e características da prática interpretativa do instrumento e do gênero foi apresentada no 17º Colóquio de Pesquisa do PPGM-UFRJ, que foi transmitido por redes sociais e resultou na publicação de artigo completo nos anais do evento (ver https://ppgm.musica.ufrj.br/a-escola-do-violao-de-7-cordas-brasileiro-da-origem-as-manifestacoes-atuais/)
c) Composição das bancas de defesa, quanto à sua diversidade institucional e à qualificação de seus membros para a análise do trabalho: a banca reuniu pesquisadores da UFRJ e da UNIRIO, sendo dois deles violonistas (Prof. Dr. Fábio Adour da Câmara, UFRJ e Prof. Dr. Nicolas de Souza Barros (UNIRIO), tendo como participante externa a Profa. Dra. Daniela Spielmann Grosman (CEFET-Rio), com vasta experiência na música popular. Os docentes Prof. Dr. Aloysio Moraes Rego Fagerlande (UFRJ) e Profa. Dra. Marcia Ermelindo Taborda (orientadora, UFRJ) completam a banca, composta assim inteiramente de pesquisadores da linha de pesquisa “Práticas Interpretativas”.
F. Dissertação de Mestrado “O trabalho com música em Aracaju: uma etnografia em bares e festas particulares” de João Luís dos Santos Meneses (defendida em 13 de novembro de 2020).
a) Aderência do tema em relação ao projeto e linha de pesquisa do orientador: desenvolvida na área de concentração “Musicologia”, linha de pesquisa “Etnografia das Práticas Musicais”, a Dissertação de Mestrado “O trabalho com música em Aracaju: uma etnografia em bares e festas particulares” propõe a reflexão sobre a organização do trabalho na prática profissional de músicos que atuam em bares e festas particulares na cidade de Aracaju, tomando como foco a organização de trabalho nessas frentes e as contribuições dos músicos na construção das convenções do mundo produtivo. O tema é abordado a partir do método etnográfico, amparado nos conceitos de “alteridade mínima” de Peirano e “autoantropologia” de Strathern. Nesse sentido, o trabalho atende aos requisitos do projeto de pesquisa “Práticas de interlocução e registro etnográfico sobre o trabalho com música”, e do trabalho do orientador, Prof. Dr. José Alberto Salgado e Silva, que tem uma longa produção sobre o assunto. Além de atender aos requisitos da Área de Concentração e da Linha, que é focada na pesquisa e atuação participativa em contextos musicais urbanos, em âmbito local e regional”.
b) Contribuição da pesquisa realizada para o desenvolvimento da área de Artes: O contexto do trabalho com música em ambientes urbanos ainda tem pouca cobertura na pesquisa acadêmica. A observação e reflexão das relações e das práticas é requisito para a formação de uma consciência mais clara de seus problemas e de possíveis contribuições e soluções. A pesquisa do Prof. José Alberto Salgado tem engajado alunos em uma mirada etnográfica sobre práticas musicais formais e informais, trazendo informações e abrindo espaços para a veiculação de narrativas não-hegemônicas. João Luiz é cantor, instrumentista e participante ativo da cena musical urbana de Aracaju. Seu trabalho levanta uma série de relações entre artistas, sociedade e instituições, que ilumina alguns aspectos ligados à produção musical e a intertextualidade no âmbito da música popular urbana no Brasil. O trabalho ensejou a publicação de dois artigos completos: “A cultura estadunidense no pagode de 1990: constatações iniciais”, nos “Anais do 16º colóquio de pesquisa do PPGM-UFRJ”, v. 1 (2020) e “Trabalho com música em bares e festas particulares: a interferência do Estado em Aracaju”, nos Anais do XXX Congresso da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Música (ANPPOM) (2020).
c) Composição das bancas de defesa, quanto à sua diversidade institucional e à qualificação de seus membros para a análise do trabalho: A banca foi composta por dois professores da linha e um membro externo: Prof. Dr. José Alberto Salgado e Silva (UFRJ), Prof. Dr. Samuel Mello Araújo Junior (UFRJ) e Prof. Dr. Gabriel Muniz Improta França (UNIRIO), esse último músico (violonista, guitarrista, compositor e arranjador) e cientista social.
G. Dissertação de Mestrado “Os concursos do Instituto Nacional de Música: tensões, meritocracia e cultura na República Velha (1890 a 1917)” de Thadeu de Moraes Almeida (defendida em 21 de junho de 2017).
a) Aderência do tema em relação ao projeto e linha de pesquisa do orientador: desenvolvida na área de concentração “Musicologia”, linha de pesquisa “História e Documentação da Música Brasileira e Ibero-americana”, a Dissertação de Mestrado “Os concursos do Instituto Nacional de Música: tensões, meritocracia e cultura na República Velha (1890 a 1917)” de Thadeu de Moraes Almeida tem como objeto de análise a utilização do conceito de meritocracia na constituição do corpo docente do Instituto Nacional de Música, órgão oficial de ensino musical da Primeira República, no Rio de Janeiro. Discute sua história institucional desde sua criação, efetivada com a dissolução do Conservatório de Música do Império. Aborda as gestões de Leopoldo Miguéz (1890-1902), Alberto Nepomuceno (1902-1903), Henrique Oswald (1903 a 1906), Alberto Nepomuceno (1906 a 1916) e Abdon Milanez (1917-1922), oferecendo um levantamento dos professores contratados, monitores, alunos laureados e cursos oferecidos nas diversas reformas. Realiza uma análise comparativa dos nove decretos – dois de 1890, 1892, 1900, 1903, 1904, 1907, 1911 e 1915 – que regeram os processos de nomeação dos docentes, identificando expedientes, ora autocráticos, ora democráticos. O conjunto documental, concernente aos arquivos institucionais (Ministério da Justiça e Negócios Interiores, Instituto Nacional de Música e Escola Nacional de Belas Artes), incluindo documentos de natureza jurídica e administrativa, ofícios e relatórios, foi confrontado com os relatos e opiniões pessoais levadas a público, em forma de artigos e cartas publicadas em jornais, observando-se discrepância e intenso embate travado em torno deste importante lugar de atuação musical. Esses embates traziam em seu bojo questões que envolviam não apenas a disputa por postos de trabalho como também evidenciavam os conflitos decorrentes de diferentes opções estéticas e visões de mundo. O trabalho tem vínculo direto com o projeto de pesquisa “Patrimônio musical material: investigação de fontes e reconstrução do discurso histórico”, assim como com o trabalho da Profa. Dra. Maria Alice Volpe, orientadora e líder do Grupo de Pesquisa “Novas Musicologias”. Apresenta com isso aderência ao objetivo da linha e área, focado na pesquisa em perspectiva histórica do acervo da instituição e de patrimônios materiais e imateriais brasileiros e ibero-americanos.
b) Contribuição da pesquisa realizada para o desenvolvimento da área de Artes: o legado histórico do Instituto Nacional de Música para a construção da música de concerto no Brasil é definitivo. O levantamento das relações de poder desenvolvidas em sua longa existência traz informações importantes sobre situações e contingências que vieram a influenciar a constituição de outros centros e a própria disseminação do conhecimento musical no país. O trabalho resultou na publicação do artigo completo “Notas introdutórias a ‘Ondulações’ para violoncelo (ou violino) e piano de Homero de Sá Barreto”, e a partitura manuscrita inédita “Ondulações para violoncelo (ou violino) e piano (1916)” de Homero de Sá Barreto, ambos na “Revista Brasileira de Música”, v. 33 n. 1 (2020).
c) Composição das bancas de defesa, quanto à sua diversidade institucional e à qualificação de seus membros para a análise do trabalho: A banca foi composta pela orientadora, Profa. Dra. Maria Alice Volpe Duprat, Prof. Dr. Antonio José Augusto (UFRJ) e Prof. Dr. Victor Emmanuel Teixeira Mendes Abalada (MAST), este Doutor em História pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).
H. Dissertação de Mestrado “Criação musical e improvisação no ensino coletivo de violão: uma experiência na escola de música de Manguinhos” de Reinaldo Santos de Oliveira Souza (defendida em 26 de abril de 2018).
a) Aderência do tema em relação ao projeto e linha de pesquisa do orientador: Aderência do tema em relação ao projeto e linha de pesquisa do orientador: desenvolvida na área de concentração “Educação Musical”, linha de pesquisa “Música, Educação e Diversidade”, a Dissertação de Mestrado “Criação musical e improvisação no ensino coletivo de violão: uma experiência na escola de música de Manguinhos” de Reinaldo Santos de Oliveira Souza apresenta completa aderência ao projeto de pesquisa no âmbito do qual desenvolveu-se: “Musicalidade Abrangente na Pós-Modernidade: processos integrados de produção, transmissão e aquisição de conhecimento musical em situações formais, não-formais e informais de ensino e aprendizagem”, do qual participa seu orientador Prof. Dr. João Miguel Bellard Freire. Apresenta aderência ao objetivo e vocação do PPGM-UFRJ de promover a pesquisa e promoção de práticas educacionais inclusivas e integradoras em contextos locais e regionais.
b) Contribuição da pesquisa realizada para o desenvolvimento da área de Artes: Trata-se de pesquisa dando continuidade à Monografia de Conclusão do curso de Licenciatura em Música da UFRJ do aluno (hoje egresso) Reinaldo Santos de Oliveira Souza, desenvolvida na capacidade de bolsista no projeto de extensão “Escola de Música de Manguinhos” e versando sobre o ensino coletivo de instrumentos musicais neste projeto social (vinculada ao TCC de Licenciatura está a apresentação do trabalho “Ensino coletivo de música em escolas regulares e espaços não-formais” no XIV Colóquio de Pesquisa do PPGM-UFRJ, com coautoria dos docentes Profa. Dra. Thelma Beatriz Sydenstricker Alvares e Prof. Dr. Joao Miguel Bellard Freire). O tema da pesquisa de sua Dissertação de Mestrado “Criação musical e improvisação no ensino coletivo de violão: uma experiência na escola de música de Manguinhos”, o ensino coletivo de instrumentos musicais, é bastante debatido atualmente no campo da Educação Musical. O trabalho aborda um aspecto pouco trabalhado nas pesquisas sobre a temática: a criação musical coletiva em aulas de instrumento em grupo, tendo a pesquisa nele contida produzido mudanças em sua abordagem pedagógica no âmbito do projeto social. Uma vez que o projeto atendia ao público das comunidades de Manguinhos e bairros adjacentes, a possibilidade de auxiliar os participantes a expressarem suas ideias musicais e serem ouvidos (inclusive em apresentações públicas com suas composições) contribuiu para desmistificar a aprendizagem musical e para reforçar a autonomia e autoestima dos envolvidos, que estavam, muitas vezes, em situações de vulnerabilidade social. O trabalho realizado envolveu a integração entre pesquisa, ensino e extensão, parte integral à missão institucional da universidade pública como um todo e da UFRJ particularmente. Além disso, o fato do aluno (hoje egresso) ser professor da rede municipal de ensino no estado do Rio de Janeiro (Belford Roxo) tem possibilitado a aplicação dos mesmos princípios pedagógicos junto a estudantes da escola regular em que atua, trazendo um impacto positivo para a Educação Musical em âmbito local e regional.
c) Composição das bancas de defesa, quanto à sua diversidade institucional e à qualificação de seus membros para a análise do trabalho: A banca foi composta pelo orientador, Prof. Dr. João Miguel Bellard Freire, Prof. Dr. Fábio Adour da Câmara (PPGM-UFRJ) e Prof. Dr. João Marcelo Lanzillotti da Silva (Colégio Pedro II), este Doutor em Educação pela UNIRIO e professor de Educação Musical do Colégio Pedro II.
2.2 Análise qualitativa da produção intelectual de discentes e egressos do PPGM-UFRJ
2.2.1 Produção indicada de discentes e egressos: análise qualitativa, aderência e pertinência
A. Análise do conjunto
Entre os 05 (cinco) produtos de discentes e egressos indicados pelo PPGM-UFRJ, contam-se: 01 (um) no tipo “artística”, subtipo: “música”; 01 (um) no tipo “bibliográfica”, subtipo: “artigo em periódico”; 01 (um) no tipo “bibliográfica”, subtipo “trabalho em anais”; (01) no tipo “bibliográfica”, subtipo “livro”; e 01 (uma) Tese de Doutorado. No conjunto, 03 (três) produtos são de autoria exclusiva de discentes de Mestrado e Doutorado (todos vinculados a grupos de pesquisa do Programa), 01 (um) de coautoria de docente, discente de Doutorado e participante externo (resultado de trabalho em rede de pesquisa), e 01 (um) de coautoria de egresso de Doutorado com participantes externos (vinculados a grupo de pesquisa do Programa, produto também resultado de trabalho em rede de pesquisa).
Quanto à abrangência, 04 (quatro) dos produtos indicados têm abrangência nacional – muito embora em 02 (dois) (“Intercâmbios musicais […]” e “O cravo no Rio de Janeiro […]”) verifique-se uma contextualização dos objetos de pesquisa com acentuada preocupação com sua relação com um contexto internacional maior; e em 01 (um) outro (“Cavalo-marinho Boi Pintado […]”) enfoque inversamente um objeto em contexto regional da Zona da Mata pernambucana; 01 (um) produto tem abrangência internacional (“Harmony and form in Brazilian Choro […]”), redação em inglês em coautoria com dois pesquisadores do “Digital and Cognitive Musicology Lab” do “Digital Humanities Institute” da “École Polytechnique Fédérale de Lausanne” (Suíça), enfocando porém um objeto firmemente ancorado em um contexto regional e mesmo local (o Rio de Janeiro e sua música popular urbana). 02 (dois) dos produtos indicados (tipos artístico e bibliográfico) têm como contexto de produção os XXIX e XXX Congressos da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Música (ANPPOM), realizados na Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e na Universidade Federal do Amazonas (UFAM) (este por via remota em função da pandemia da COVID-19).
B. A aderência e a pertinência da produção indicada de discentes e egressos para o desenvolvimento dos objetivos do programa, por sua vez, podem ser melhor compreendidas através de um detalhamento das contribuições:
a) Produção artística indicada de discente: estreia da obra autoral “Instalação #3 para light painting, eletrônica e vozes descendentes” do doutorando Cláudio José Bezz no XXIX Congresso da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Música (ANPPOM) em 2019, Auditório II do Centro e Artes da UFPel. Com vínculo ao projeto “Poéticas da música eletroacústica brasileira” (orientador responsável: Prof. Dr. Rodrigo Cicchelli Velloso, professor permanente do PPGM-UFRJ), desenvolvido no âmbito da linha de pesquisa “Poéticas da Criação Musical” e do grupo de pesquisa “Oficina de Música Contemporânea”, a produção trata da interseção entre a música e outros campos artísticos, a partir da reflexão teórica e prática sobre processos criativos eletroacústicos e da fotografia abstrata, no âmbito das pesquisas sobre poéticas da música eletroacústica brasileira. Resultado do desenvolvimento e utilização de ferramentas e procedimentos analíticos e tecnológicos na construção de práticas inovadoras da criação musical eletroacústica, relaciona-se ao objetivo e vocação do PPGM-UFRJ de promover “o estudo de técnicas e poéticas […] em torno da criação musical local, regional, nacional e internacional”.
b) Produção bibliográfica indicada de egresso: artigo completo “Harmony and form in Brazilian Choro: a corpus-driven approach to musical style analysis”, in: “Journal of New Music Research”, v. 49 n. 5 (2020) do egresso do Doutorado Willian Fernandes de Souza em coautoria com os participantes externos Fabian C. Moss e Martin Rohrmeier do “Digital and Cognitive Musicology Lab” do “Digital Humanities Institute” da “École Polytechnique Fédérale de Lausanne” (Suíça). Veiculado em âmbito internacional, em periódico classificado no estrato “A1” na avaliação do Qualis Periódico de 2019, o artigo com vínculo ao projeto “A poética da mente musical: semântica […]” (orientador responsável: Prof. Dr. Marcos Vinício Cunha Nogueira, professor permanente do PPGM-UFRJ), desenvolvido no âmbito da linha de pesquisa “Poéticas da Criação Musical” e do grupo de pesquisa “Cognição Musical em Processos Criativos (CMPC)”, o artigo propõe o que define como “a primeira análise estilística quantitativa do choro”, desvelando “traços estilísticos centrais deste idioma musical em bases empíricas”. Apresenta portanto aderência ao objetivo e vocação do PPGM-UFRJ de promover o estudo de técnicas e poéticas desenvolvidas em torno da criação musical local, regional, nacional e internacional. (ver https://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/09298215.2020.1797109)
c) Produção bibliográfica indicada de discente: artigo completo “Cavalo-marinho Boi Pintado, etnomusicologia e pesquisa-ação participativa”, in: Anais do XXX Congresso da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Música (ANPPOM) em 2020, UFAM (via remota). Com vínculo ao projeto “Música, interesse público e justiça social” (orientador responsável: Prof. Dr. Samuel Mello Araújo Junior, professor permanente do PPGM-UFRJ), no âmbito da linha de pesquisa “Etnografia das Práticas Musicais” e do grupo de pesquisa “Laboratório de Etnomusicologia”, o trabalho visa apresentar questões teórico-metodológicas da pesquisa de mestrado em andamento, realizada junto a um grupo de Cavalo-Marinho, folguedo pernambucano registrado patrimônio imaterial brasileiro. Revela aderência à vocação do PPGM-UFRJ de promover a pesquisa e atuação participativa em contextos musicais urbanos, em âmbito local e regional. (ver http://anppom-congressos.org.br/index.php/30anppom/30CongrAnppom/paper/viewFile/308/191)
d) Produção bibliográfica indicada de discente em coautoria com professor colaborador do PPGM-UFRJ e participante externo: livro “O cravo no Rio de Janeiro do século XX”, Editoria Rio Books, 2020. Com vínculo ao projeto “Cravistas estrangeiros no Rio de Janeiro do século XX” (orientador responsável e coautor: Prof. Dr. Marcelo Moraes Rego Fagerlande, professor colaborador do PPGM-UFRJ) no âmbito da linha de pesquisa “História e Documentação da Música Brasileira e Ibero-Americana”, o trabalho representa um esforço de pesquisa histórica em rede de pesquisa de elevado grau de ineditismo temático e metodológico, com coautoria também da participante externa Profa. Dra. Mayra Cristina Pereira, coordenadora do “Laboratório de Performance Historicamente Informada” (LaPHI) e do “Núcleo de Estudos Interdisciplinares em Musicologia e Performance Historicamente Informada” (NEIMPHI) da UFJF). Com forte repercussão em canais de comunicação e imprensa especializada, a publicação indica aderência ao objetivo e vocação do PPGM-UFRJ de promover a pesquisa em perspectiva histórica do acervo da instituição e de patrimônios materiais e imateriais brasileiros e ibero-americanos. (ver https://oglobo.globo.com/cultura/musica/livro-destaca-presenca-do-cravo-no-rio-no-seculo-xx-partir-de-pesquisa-de-seis-anos-em-jornais-documentos-24943934 e https://cultura.estadao.com.br/noticias/musica,o-cravo-no-rio-de-janeiro-do-seculo-xx-e-um-passeio-historico-pelas-suaves-teclas-do-instrumento,70003643417)
e) Tese de Doutorado indicada: “Literatura para o violão de 7 cordas brasileiro solista” de Marcello Gonçalves, 2019. Com vínculo ao projeto “A prática interpretativa no domínio do conhecimento histórico”, e desenvolvida sob orientação da Profa. Dra. Márcia Ermelindo Taborda no âmbito da linha de pesquisa “Práticas Interpretativas e seus Processos Reflexivos”, a Tese de Doutorado apresenta material rico e inédito sobre trabalhos importantes para a consolidação da linguagem interpretativa do choro e, mais especificamente, do violão de 7 cordas no Rio de Janeiro e no Brasil. Para subsidiar essa análise, são levantadas publicações sobre o assunto em formato de livros, textos acadêmicos, partituras, registros fonográficos e performances em vídeos, além de entrevistas, algumas realizadas especificamente para a tese. O trabalho envolve também a análise de gravações e a produção de transcrições em partitura de peças escritas para violão de 7 cordas solista.
2.2.2 Análise dos dados quantitativos da produção total do PPGM-UFRJ
A. Produção total do PPGM-UFRJ: abrangência, modalidades, regularidade e distribuição da produção intelectual discente
A1. Produção artística
Somando 232 (duzentos e trinta e dois) produtos no quadriênio 2017-2020, a produção artística do PPGM-UFRJ concentra-se no corpo docente do Programa, fato que pode-se relacionar porém à ênfase apenas muito recente na inclusão da produção discente e de egressos na Plataforma Sucupira, que sem dúvida responde pela parcial invisibilidade de produções destes na modalidade. As produções artísticas acontecem, em sua grande maioria, dentro de um campo de experimentação e inovação, propiciando a reflexão crítica, teórica e metodológica sobre o fazer artístico de modo regular e integrado aos projetos de pesquisa em andamento do Programa. Registra-se 63 (sessenta e três) produções artísticas em 2017 (sem participação de discentes); 58 (cinquenta e oito) em 2018 (sem participação de discentes); 80 (oitenta) em 2019, sendo destas 04 (quatro) de discentes; e 32 (trinta e duas) em 2020 (número sem dúvida condicionado pela pandemia da COVID-19 no ano final do quadriênio).
A2. Produção bibliográfica
Por outro lado, observa-se no campo da produção bibliográfica do PPGM-UFRJ – 315 (trezentos e quinze) produtos no quadriênio 2017-2020 – uma forte participação de discentes, coerentemente à vocação de um Programa acadêmico em que enorme peso é colocado sobre os trabalhos finais Dissertação de Mestrado e Tese de Doutorado. Em 2017, 26% (13/50) das produções bibliográficas do Programa têm participação de discentes, com prevalência dos subtipos “trabalho em anais” (35/50) e “capítulo” (07/50); em 2018, 27,3% (15/55) das produções bibliográficas têm participação de discentes, com prevalência dos subtipos “trabalho em anais” (32/55) e “Artigo em Periódico” (16/55); em 2019, 41,9% (31/74) das produções bibliográficas do Programa têm participação de discentes, novamente com prevalência dos subtipos “trabalho em anais” (48/74) e “Artigo em Periódico” (12/74); em 2020, finalmente, 42,2% (57/135) das produções bibliográficas do Programa têm participação de discentes, todas do subtipo “Trabalho em Anais” (registrando-se em todo o Programa um número absoluto de produções no ano sensivelmente superior ao dos demais (135) e a prevalência dos subtipos “trabalho em anais” (99/135) e “Artigo em Periódico” (23/135). No conjunto total do PPGM-UFRJ de 314 (trezentas e quatorze) produções bibliográficas do quadriênio 2017-2020, verifica-se uma vinculação completa das produções discentes aos projetos de pesquisa dos quais participam, indicando convergência e verticalidade entre disciplinas, pesquisas e produção intelectual.
A3. Produção técnica
Quanto à produção técnica do PPGM-UFRJ – 426 (quatrocentos e vinte e seis) produtos no quadriênio 2017-2020 –, verifica-se, como no caso da produção artística, uma tendência de regularidade e acréscimo – refletindo a intensa atividade do Programa em termos de organização e participação em eventos científicos nacionais e internacionais – entre os anos de 2017 e 2019, com uma queda parcial em 2020 em função da pandemia da COVID-19, que suspendeu ou adiou a realização de diversos destes eventos. Registra-se 100 (cem) produções técnicas em 2017, 9 (nove) das quais com participação de discentes; 99 (noventa e nove) produções técnicas em 2018, novamente com 9 (nove) com participação de discentes; 144 (cento e quarenta e quatro) produções técnicas em 2019, 19 (dezenove) das quais com participação de discentes; em 2020, finalmente, registra-se 83 (oitenta e três) produções técnicas, com participação de discentes em 01 (uma) delas. A limitada representatividade discente na modalidade, contudo, revela-se condizente com os objetivos e vocação do Programa, embora um envolvimento maior de alunos já se observe para além do quadriênio 2017-2020, assinalando uma nova tendência.
2.2.3 Qualificação da produção intelectual de discentes e egressos indicada em apresentações artísticas, anais, eventos, livros, capítulos de livros, periódicos e outros meios de difusão da área
A. Apresentações artísticas de discentes e egressos do PPGM-UFRJ
Como indicado acima (“2.2.2, A.1 Produção artística”), apenas uma reduzida parcela da produção artística do PPGM-UFRJ contou com a participação de discentes e egressos do PPGM-UFRJ no quadriênio 2017-2020, muito embora estime-se que ênfase apenas muito recente na declaração da produção discente e de egressos pelos Programas da Área tenha levado a uma parcial invisibilidade de produções de discentes e egressos na modalidade. As produções declaradas, contudo, revelam qualificação do contexto de produção, como exemplificado: a) pela estreia da obra autoral “Topologias em feedback #1” dos discentes e egressos Severino Henrique Soares Correia (Mestrado), Cláudio José Bezz (Doutorado) e Orlando Scarpa Neto (Doutorado), com vinculação ao projeto de pesquisa “Poéticas da música eletroacústica brasileira”, no evento “Infiltrações na Cúpula” promovido pela Universidade Federal Fluminense (UFF) na Cúpula do Caminho Niemeyer (Niterói); e b) pela estreia da obra autoral “Instalação #3 para light painting, eletrônica e vozes descendentes” do discente Cláudio José Bezz (Doutorado), com vinculação ao mesmo projeto “Poéticas da música eletroacústica brasileira”, no âmbito do XXIX Congresso da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Música (ANPPOM) na Universidade Federal de Pelotas (UFPel).
B. Publicações de discentes e egressos do PPGM-UFRJ em anais de eventos
Publicações de discentes e egressos do PPGM-UFRJ em anais de eventos, por sua vez, incluem no quadriênio 2017-2020 uma razoável variedade de contextos e abrangências. Além da publicação de trabalhos completos nos volumes de anais dos 15º, 16º e 17º Colóquio de Pesquisa do próprio Programa, evento alcançou abrangência nacional a partir de 2015, com avaliação duplo cega por pares pareceristas de todas as regiões do país, discentes e egressos do PPGM-UFRJ publicaram no período trabalhos completos em:
a) Anais de eventos nacionais como os anais dos XXVII, XXVIII, XXIX e XXX Congressos da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Música (ANPPOM) (um total de 35 (trinta e cinco) trabalhos no quadriênio, do universo de 116 (cento e dezesseis) produções de discentes e egressos na modalidade), os anais dos V e VI Simpósios Brasileiros de Pós-Graduandos em Música (SIMPOM-UNIRIO) (07 (sete) produções no quadriênio), os “Anais do V Festival de Música Contemporânea Brasileira” (01 (uma) publicação) e anais dos “II e III Congressos Brasileiro de Música e Matemática PPGM-UFRJ” (04 (quatro) trabalhos); e
b) Anais de eventos internacionais como os “Anais do Performus’20 / VIII Congresso Internacional da Associação Brasileira de Performance Musical (ABRAPEM)” (04 (quatro) trabalhos), os “Proceedings of ICMPC15/ESCOM10” (03 (três) trabalhos) e os “Anais do I Encontro Internacional da Associação Brasileira de Palhetas Duplas” da UFPA (01 (um) trabalho). O amplo espectro de temas, metodologias e resultados apresentados por discentes e egresso de Mestrado e Doutorado do Programa em âmbito nacional e internacional, como indicado, responde pela qualificação da produção bibliográfica em questão.
C. Livros e capítulos de livros de discentes e egressos do PPGM-UFRJ
Quanto à produção bibliográfica de discentes e egressos do PPGM-UFRJ nos subtipos “livros” e “capítulo”, registra-se no quadriênio 2017-2020, além de 03 (três) capítulos do egresso Alan Caldas Simões no volume “Paulo Freire 100 anos: o centenário de um pensamento intempestivo” (Curitiba, 2020), uma importante publicação da discente Maria Aida Falcão Santos Barroso em coautoria com o docente colaborador Prof. Dr. Marcelo Moraes Rego Fagerlande e a participante externa Profa. Dra. Mayra Cristina Pereira (UFJF): o livro “O cravo no Rio de Janeiro do século XX” (Rio de Janeiro, 2020), resultado de pesquisa em rede desenvolvida no âmbito do projeto “Cravistas estrangeiros no Rio de Janeiro do século XX” da linha de pesquisa “História e documentação da música brasileira e ibero-americana” do Programa, com forte repercussão em canais de comunicação e imprensa especializada (ver https://oglobo.globo.com/cultura/musica/livro-destaca-presenca-do-cravo-no-rio-no-seculo-xx-partir-de-pesquisa-de-seis-anos-em-jornais-documentos-24943934 e https://cultura.estadao.com.br/noticias/musica,o-cravo-no-rio-de-janeiro-do-seculo-xx-e-um-passeio-historico-pelas-suaves-teclas-do-instrumento,70003643417).
D. Publicações de discentes e egressos do PPGM-UFRJ em periódicos científicos
No quadriênio 2017-2020, publicações de discentes e egressos do PPGM-UFRJ em periódicos científicos somam 15 (quinze) artigos completos veiculados em revistas nacionais e internacionais classificadas em avaliação do Qualis Periódico de 2019 nos estratos superiores “A1” e “A2” (33,3% dos trabalhos), nos extratos seguintes “B1” e “B2” (40% dos trabalhos), e finalmente “B4” (13,3% dos trabalhos). Os periódicos incluem: “Revista OPUS” da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Música (ANPPOM) (02 (dois) artigos, classificação “A1”), “Journal of New Music Research” (01 (um) artigo, classificação “A1”), “Educação e Realidade” (1 artigo, classificação “A1”), “Revista Vórtex” da UNESPAR (03 (três) artigos, classificação “A2”), “Revista Música” da Universidade de São Paulo (USP) (01 (um) artigo, classificação “B1”), “Revista Brasileira de Música” da UFRJ (3 artigos, classificação “B1”), “Epistemus” (01 (um) artigo, classificação “B1”), “Percepta – Revista de Cognição Musical” (01 (um) artigo, classificação “B2”) e “Revista Científica do Centro Universitário de Barra Mansa” (02 (dois) artigos, classificação “B4”). Conquanto limitada em quantitativo, a produção bibliográfica de discentes e egressos do PPGM-UFRJ na forma de artigos completos em periódicos científicos da área revela-se bastante qualificada.
2.3 Acompanhamento de egressos
2.3.1 Formação e capacidades
Como consequência dos objetivos declarados do Programa (e especificamente dos objetivos específicos relacionados aos cursos de Mestrado Acadêmico e Doutorado, 1.1.2) e da estrutura curricular que sustenta esse conjunto de metas, é esperado do egresso do PPGM-UFRJ que aplique e direcione o desenvolvimento da pesquisa na área de Música para os diversos âmbitos acadêmicos e profissionais, atualizando seus conhecimentos ao longo da trajetória profissional (inclusive em diálogo com o mesmo Programa) e reformulando sua atuação profissional de forma crítica diante de desafios e mudanças. Observando o destino e atuação profissional dos egressos do Programa nas últimas décadas, pode-se dizer que tal expectativa tem se confirmado.
A. Destino e atuação de egressos
O PPGM-UFRJ acumula uma relevante história de nucleação e disseminação de egressos, devido sobretudo ao seu pioneirismo (em 2020 o Mestrado Acadêmico do Programa completa quatro décadas de atividade ininterrupta) e à sua centralidade geográfica e cultural (sua localização na capital, Rio de Janeiro). Cumpriu portanto um importante papel no desenvolvimento da pesquisa em música e na formação em nível de pós-graduação no Brasil, com egressos atuantes como professores de inúmeros programas de pós-graduação em música e cursos de graduação em música do país. Tal aspecto pode-se melhor compreender ao inventariar o destino e a atuação de seus egressos, ao longo de quatro décadas, através da atual vinculação institucional de muitos deles:
a) Egressos docentes de IES, Área de Musicologia Sistemática, Composição ou Sonologia: Professores Doutores Alexandre Eisenberg (UFSM); Alfredo Barros (UECE); Caio Senna (UNIRIO); Daniel Quaranta (UFPR/UFSJ); Daniel Puig (Cap-UFRJ); Ernesto Hartmann (UFES); José Orlando Alves (UFPB); Marcos Lucas, Caio Senna, Daniel Quaranta, Marcelo Carneiro de Lima, Marcos Lucas, Paulo Dantas (UNIRIO); Roberto Victorio (IL-UFMT); Ronaldo Miranda (ECA-USP); Daniel Puig (UFSB); Alfredo Barros (UFCE); Edmundo Villani Côrtes, Edson Zampronha (UNESP); Rodrigo Alonso (Universidad Nacional Autonoma de Mexico); David Tygel (PUC-Rio). (Atuantes na Escola de Música da UFRJ: Alexandre Schubert, Eduardo Biato, Geraldo Magela, João Guilherme Ripper, Pauxy Gentil Nunes Filho, Roberto Macedo Ribeiro, Yahn Wagner Pinto).
b) Egressos docentes de IES, Área de Práticas Interpretativas: Professores Doutores Ademir Adeodato (FAMES); Catalina Stela Caldi, Guilherme Bernstein, Cláudio Dauelsberg, Nicholas de Souza Barros (UNIRIO); Clayton Vetromilla (UFPel/UNIRIO); Dorotéa Kerr (UNESP); Eduardo Monteiro (ECA-USP); Flávio Barbeitas (UFMG); Mayra Cristina Pereira (UFJF); Lélio Alves (FAETEC-RJ); Werner Aguiar (UFRN/UFG); Robério Molinari (UEMG); Guillermo Caceres (UFCE); Marcos Botelho (UFG); Helen Moura (UFJF); Rogério Carvalho (UFMA); Marcelo Brum (UFPel); Clara Sandroni, Luciana Câmara, Maria Aida Barroso (UFPE); Werner Aguiar (UFRN); Yara Quércia Oliveira (UFSM); Ciro José Tabet (UFV); Dorotéa Kerr (UNESP); Luciana Câmara (UFPE); Flávia Vieira (UFMT). (Atuantes na Escola de Música da UFRJ: Jacob Herzog, Giulio Draghi, Tamara Ujakova, Afonso de Oliveira, Alexandre Rachid, Aloysio Moraes Rego Fagerlande, Ana Paula da Matta Machado Avvad, André Heller, Bartolomeu Wiese, Clara Albuquerque, Cristiano Alves, Eduardo Antonello, Eduardo Henrique Santos, Ernani Aguiar, Fábio Adour da Câmara, Flávio Augusto de Oliveira, Giulio Draghi, Henrique Cazes, Inácio de Nonno, Inês Rufino, José Batista Junior, Julio Merlino, Kelly Moura, Marcelo Coutinho, Marcelo Jardim, Paulo Pedrassoli, Pedro Arthur Moita, Ronal Silveira, Zaida Valentim.)
c) Egressos docentes de IES, Área de Musicologia: Jeanine Bogaerts (Fundação Oswaldo Cruz); Vincenzo Cambria (UNIRIO); Flavio Barbeitas (UFMG). (Atuantes na Escola de Música da UFRJ: João Vicente Vidal, Antônio José Augusto, Harlei Elbert Raymundo.)
d) Egressos docentes de IES, Área de Educação Musical: Ademir Adeodato, Alan Simões, Alba Janes Lima, Angela Volpato, Ernesto Hartmann, Janne de Oliveira, Raquel Bianca Sousa (UFES ou FAMES); Cândida Borges, (UNIRIO), Rosângela Fernandes (FAMES). (Atuantes na Escola de Música da UFRJ: João Miguel Freire.)
e) Egressos docentes na Educação Básica: Mário Ferraro (Cap-UFRJ); Adriano Furtado (CEFET-RJ); Milena Tibúrcio, Niágara Cruz, Thelma Taets, Clara Albuquerque (Colégio Pedro II); Armildo Uzeda (Escola de Música Villa-Lobos); Lélio Alves (FAETEC-RJ).
f) Egressos membros de corpos artísticos estáveis: Maria Aparecida Passamae (OSES), Andréa Ernest Dias, Claudio Frydman, Hudson Oliveira, Gretel Paganini (UFF); Janaína Perotto, Jesus Figueiredo, Priscila Bomfim, Ricardo Ferreira (Theatro Municipal do Rio de Janeiro). (Atuantes na Escola de Música da UFRJ: Adonhiran Reis, André Bukowitz, Clara Albuquerque, Eduardo Antonello, Eduardo Henrique Santos, Flavio Augusto de Oliveira, Ivan Zandonade, Kelly Moura, Larissa Coutrim, Sergio Di Sabbato.)
g) Egressos produtores ou técnicos institucionais: Willian de Souza (Museu da Imagem e do Som); Wania Rocha (SEE-RJ); Rosilany Nunes, Thiago de Oliveira Sias, Leonardo Moraes e Tiago Portella (SESC-RJ); Adler Tatagiba (SME-Itaperuna); Aline de Souza, Bruno D”Antonio Corrêa, Fabiano Lemos, Guilherme Ayres, Marcelo Inagoki, Marcia Ogando, Paulo Roberto Coutinho, Rogério Lopes, Sinésio Jefferson Andrade Silva (SME-RJ); Júlio César Erthal (SME-Vitória); Alexandre Pfeiffer (Sociedade de Beneficência Humboldt-RJ).
B. Sistematização do acompanhamento de egressos
Devido em parte aos recentes desenvolvimentos no sistema de avaliação da pós-graduação no Brasil, notadamente no contexto de implantação de um modelo multidimensional no seio do qual o perfil e a produção artística, técnica ou bibliográfico dos egressos surge com ênfase redobrada, não existem ainda sistematizados ou estabelecidos, no âmbito da UFRJ, mecanismos ou dispositivos para acompanhamento. Como destaca o Plano de Desenvolvimento Institucional da UFRJ 2020-2024, será uma estratégia da Universidade implantar uma plataforma que agregue dados dos egressos, de forma que possa acompanhar seu desenvolvimento nos primeiros anos da carreira. Tratar-se-ia, assim, de um sistema visando à criação de mecanismos de colaboração e cooperação entre programas e egressos, e entre os contextos da academia e do mundo do trabalho.
2.3.2 Avaliação qualitativa da atuação de cinco egressos
A. Rafael Moreira Fortes, egresso do Mestrado Acadêmico (titulado em 2016)
Tendo sido orientado pelo Prof. Dr. Pauxy Gentil Nunes Filho no âmbito do projeto “Análise Particional, uma mediação entre composição musical e a teoria das partições”, linha de pesquisa “Poéticas da Criação Musical”, o egresso do curso de Mestrado Acadêmico em Música do PPGM-UFRJ Rafael Moreira Fortes defendeu a Dissertação “Modelagem e particionamento de unidades musicais sistêmicas” em 28 de junho de 2016. Como consequência da formação recebida no Programa, Rafael Moreira Fortes logrou aprovação em concurso para professor assistente da Coordenação do Curso de Música (CCE) da Universidade Federal do Piauí (UFPI), na área Teoria Geral da Música e Percepção Musical, vinculada à área de concentração de sua formação em nível de mestrado, tendo sido nomeado em caráter efetivo em 28 de janeiro de 2018 (ver https://sigaa.ufpi.br/sigaa/public/departamento/professores.jsf?id=932). Como consequência da formação recebida no PPGM-UFRJ, ainda, Rafael Moreira Fortes ingressou no PPGM da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, pelo qual obteve em 2020 o título de Doutor em Música. Como compositor, tem tido suas obras executadas em concertos internacionais e em diversas regiões do Brasil, como o Centro Mexicano pala la Musica y las Artes Sonoras (CMMAS), a Universidade de Aveiro, a Sala Cecília Meireles do Rio de Janeiro e o Ibrasotope, e em eventos como o Panorama Música Brasileira Atual da UFRJ e o Encontro Nacional de Compositores Universitários (ENCUN). Suas obras abrangem composições eletroacústicas, música para conjuntos de câmara, instrumentos solo e banda sinfônica, composições para vozes de atores, com especial interesse em estratégias de improvisação semi-livre e de interações com outras mídias, como o Vídeo-Música e composições cênicas. Como instrumentista (saxofone e flauta), desenvolveu trabalhos com o trio “Lanca”, voltado para estratégias de improvisação não-idiomática, com o qual lançou o CD “Roda” (2017), e com o Quinteto Serra Brasilis, voltado para a música instrumental brasileira. É integrante do quinteto instrumental Clube do Jazz. A atuação do egresso de Mestrado Rafael Moreira Fortes revela-se portanto coerente com a missão institucional do PPGM-UFRJ de promover o desenvolvimento, de forma avançada e aprofundada, de pessoal qualificado para as atividades de ensino, pesquisa, desenvolvimento e inovação, através do fomento à formação de excelência para a pesquisa, e do aprofundamento da formação científica, cultural, artística e profissional na área de Música, e ainda com o objetivo vinculado à linha de pesquisa “Poéticas da Criação Musical” de fomentar o estudo de técnicas e poéticas desenvolvidas em torno da criação musical local, regional, nacional e internacional.
B. João Daniel Cardoso da Costa, egresso de Mestrado Acadêmico (titulado em 2017)
Tendo sido orientado pelo Prof. Dr. Sergio Luís de Almeida Alvares no âmbito do projeto “Musicalidade Abrangente: processos integrados de produção, transmissão e aquisição de conhecimento musical em situações formais, não-formais e informais de ensino e aprendizagem na diversidade etnográfica das vivências musicais no Brasil”, linha de pesquisa “Música, Educação e Diversidade”, o egresso do curso de Mestrado Acadêmico em Música do PPGM-UFRJ João Daniel Cardoso da Costa defendeu a Dissertação “A utilização do ukulele no ensino coletivo de música: uma pesquisa-ação com uma turma de 3º ano do Ensino Fundamental I da rede municipal de Guarapari-ES” em 03 de agosto de 2017. Como resultado da formação recebida no Programa, João Daniel pôde passar a atuar, no ano de 2020, como docente contratado da Faculdade de Música do Espírito Santo “Maurício de Oliveira” (FAMES), ministrando disciplinas como “Metodologia da Educação Musical I, II e III”, “Música e Tecnologia I, II e III”, “Música e Mídia I e II” e “Pedagogias musicais com o ukulele” (disciplina optativa diretamente vinculada à sua Dissertação de Mestrado), e atuando ainda como orientador de Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC) (ver https://fames.es.gov.br/joao-daniel-cardoso-da-costa). Como pesquisador do “CPMM – Centro de Pesquisa em Música e Musicologia” e integrante do “Programa Bolsa Monitoria Digital” da FAMES, tem pesquisado e publicado trabalhos acadêmicos sobre o ensino de música através do ukulele, do violão, sobre o ensino coletivo de música e sobre o ensino da música em ambientes virtuais. Atuou como instrutor e maestro no “Projeto Música na Rede”, modalidade “Orquestra de Violões”, da Secretaria de Educação do Espírito Santo (SEDU) (2012-2020), como professor e maestro em projetos educacionais da Prefeitura Municipal de Guarapari (ES) (2009-2020), e como professor particular de música nas áreas de violão, guitarra, teoria musical, nas modalidades presencial (desde 1995) e “online” (desde 2011). Como músico profissional (voz, violão, guitarra, ukulele, produção musical), gravou o álbum “Certeza”. Em 2020, ingressou no Doutorado em Música do PPGM-UFRJ, a fim de obter formação continuada na mesma área de concentração e linha de pesquisa de seu mestrado. A atuação do egresso de Mestrado João Daniel Cardoso da Costa revela-se portanto coerente com a missão institucional do PPGM-UFRJ de promover o desenvolvimento, de forma avançada e aprofundada, de pessoal qualificado para as atividades de ensino, pesquisa, desenvolvimento e inovação, através do fomento à formação de excelência para a pesquisa, e do aprofundamento da formação científica, cultural, artística e profissional na área de Música, e ainda com o objetivo vinculado à linha de pesquisa “Música, Educação e Diversidade” de fomentar a pesquisa e promoção de práticas educacionais inclusivas e integradoras em contextos locais e regionais.
C. Egresso: Aleyson Mariano Scopel (Doutorado, titulado em 2019)
Tendo sido orientado pela Profa. Dra. Ana Paula da Matta Machado Avvad no âmbito do projeto “O repertório brasileiro camerístico e para piano solo dos séculos XX e XXI: considerações técnico-interpretativas para a construção da performance musical”, linha de pesquisa “Práticas Interpretativas e seus Processos Reflexivos”, o egresso do curso de Doutorado em Música do PPGM-UFRJ Aleyson Mariano Scopel defendeu a tese “Uranografia sonora nas Cartas Celestes XIII-XVIII de Almeida Prado” em 3 de julho de 2019. Vincula-se a este trabalho de conclusão de curso a primeira gravação da integral em 4 CDs do ciclo de “Cartas Celestes” (gravadora/selo “Grand Piano”) do compositor brasileiro, realizada ao longo do seu Doutorado (entre 2015 e 2018) e baseada em resultados de sua pesquisa da obra de Almeida Prado, voltada à interpretação e construção da performance musical, ou seja, à análise interpretativa dos procedimentos melódicos, rítmicos e harmônicos capazes de conduzir a soluções técnico-interpretativas para a execução da obra. A gravação da integral do ciclo de “Cartas Celestes” por Aleyson Mariano Scopel recebeu, em 2018, o “Prêmio CONCERTO” da revista especializada “CONCERTO”, categoria “CD/DVD/Livro”, refletindo com isso o reconhecimento da área quanto ao mérito e relevância da produção do discente, hoje egresso. A atuação de Aleyson Mariano Scopel revela-se portanto coerente com a missão institucional do PPGM-UFRJ de promover o desenvolvimento, de forma avançada e aprofundada, de pessoal qualificado para as atividades de ensino, pesquisa, desenvolvimento e inovação, através do fomento à formação de excelência para a pesquisa, e do aprofundamento da formação científica, cultural, artística e profissional na área de Música, e ainda com o objetivo vinculado à linha de pesquisa “Práticas Interpretativas e seus Processos Reflexivos” de fomentar o estudo das práticas interpretativas e seus processos reflexivos nos contextos local, regional, nacional e internacional.
D. Egresso: Carlos Eduardo Fecher (Doutorado, titulado em 2019)
Tendo sido orientado pela Profa. Dra. Maria José Chevitarese de Souza Lima no âmbito do projeto “Performance e Sonoridade Coral”, linha de pesquisa “Práticas Interpretativas e seus Processos Reflexivos”, com coorientação da Profa. Dra. Andrea Albuquerque Adour da Câmara, o egresso do curso de Doutorado em Música do PPGM-UFRJ Carlos Eduardo Fecher defendeu a Tese “A Missa Afro-Brasileira de Carlos Alberto Pinto Fonseca perante as prescrições litúrgicas da tradição católica” em 22 de agosto de 2019. Como consequência da formação recebida no Programa, Carlos Eduardo Fecher logrou aprovação em concurso para professor adjunto de Regência no Instituto de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), tendo sido nomeado em caráter efetivo em 05 de setembro de 2019 (ver https://www.ufrgs.br/institutodeartes/index.php/graduacao-corpo-docente-musica/). Como pesquisador e intérprete, Carlos Eduardo Fecher tem se dedicado à música brasileira, tendo integrado a Equipe Curt Lange de Arqueologia Musical, com o foco do levantamento e o estudo das obras musicais religiosas do Brasil dos séculos XVIII e XIX, e participado do Projeto Memorial César Guerra-Peixe, dedicado ao estudo da vida e obra deste compositor. Tendo sido professor substituto de Regência Orquestral da Escola de Música da UFRJ nos anos de 2017-2018, atua hoje como coordenador do projeto de extensão “Orquestra do Instituto de Artes da UFRGS” e à frente de diversas orquestras sinfônicas do país, sempre apresentando um repertório composto por música orquestral brasileira. A atuação do egresso de Doutorado Carlos Eduardo Fecher revela-se portanto coerente com a missão institucional do PPGM-UFRJ de promover o desenvolvimento, de forma avançada e aprofundada, de pessoal qualificado para as atividades de ensino, pesquisa, desenvolvimento e inovação, através do fomento à formação de excelência para a pesquisa, e do aprofundamento da formação científica, cultural, artística e profissional na área de Música, e ainda com o objetivo vinculado à linha de pesquisa “Práticas Interpretativas e seus Processos Reflexivos” de fomentar o estudo das práticas interpretativas e seus processos reflexivos nos contextos local, regional, nacional e internacional.
E. Egressa: Elodie Bouny (Doutorado, titulada em 2019)
Tendo sido orientada pelo Prof. Dr. Antonio José Jardim e Castro no âmbito do projeto “Mousiké: um princípio de articulação do conhecimento desde a música”, linha de pesquisa “Poéticas da Criação Musical”, a egressa do curso de Doutorado em Música do PPGM-UFRJ Elodie Bouny defendeu a Tese “Nodus: o desafio de compor para violão e orquestra” em 28 de maio de 2019. A pesquisa em questão aborda o desafio que representa para compositores a escrito de obras para violão solista e orquestra, representa um desafio para os compositores, enfocando algumas das questões referentes a esse desafio, girando em torno da natureza do próprio violão. A partir de tal delimitação e problematização, incluindo análises de obras compostas a formação, Elodie Bouny propõe estratégias de escrita para o instrumento com objetivo de valorizar o timbre do violão e estabelecer um equilíbrio sonoro deste com a orquestra, envolvendo a escolha de texturas orquestrais adequadas a partir de um conhecimento técnico da escrita para orquestra e a questão da amplificação do instrumento. A pesquisa artística desenvolvida resulta na composição da obra autoral “Nodus”, fundamentada nos resultados recolhidos e analisados ao longo do processo. Como consequência da formação recebida no Programa, Elodie Bouny desenvolve bem-sucedida carreira como instrumentista e compositora, em âmbito nacional e internacional. Sua obra autoral “Déja Vufoi” para quarteto de violões foi selecionada para a “XXIII Bienal de Música Brasileira Contemporânea” da Fundação Nacional de Artes (FUNARTE) em 2019, tendo sido estreada com isso na Sala Cecilia Meireles do Rio de Janeiro. Em 2021, será estreada a sua ópera “Homens de papel”, encomendada pelo Theatro Municipal de São Paulo. Igualmente vinculada à formação recebida no PPGM-UFRJ é a atuação de Elodie Bouny como professora substituta de violão do Instituto de Artes e Design da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), no ano de 2019 (ver https://www.elodiebouny.com/biografia). A atuação da egressa de Doutorado Elodie Bouny revela-se portanto coerente com a missão institucional do PPGM-UFRJ de promover o desenvolvimento, de forma avançada e aprofundada, de pessoal qualificado para as atividades de ensino, pesquisa, desenvolvimento e inovação, através do fomento à formação de excelência para a pesquisa, e do aprofundamento da formação científica, cultural, artística e profissional na área de Música, e ainda com o objetivo vinculado à linha de pesquisa “Poéticas da Criação Musical” de fomentar o estudo de técnicas e poéticas desenvolvidas em torno da criação musical local, regional, nacional e internacional.
2.4 Atividades de pesquisa e produção intelectual do corpo docente do PPGM-UFRJ
2.4.1 Qualificação da produção indicada
A produção intelectual do PPGM-UFRJ reflete hoje, de maneira geral, tanto a verticalidade das atividades de ensino e pesquisa em relação às linhas de pesquisa, quanto a influência sobre estas atividades da vinculação aos grupos de pesquisa do Programa. A qualificação da produção de docentes permanentes no quadriênio 2017-2020 – incluindo produções artísticas, publicações em formatos variados de âmbito nacional e internacional, apresentações de trabalho, apresentações de palestras e conferências, curadoria de exposições, docência em cursos de curta duração, workshops e seminários, organização de eventos locais, nacionais e internacionais, coordenação de comitê em evento científico internacional, atuação como editor científico e produtor de série radiofônica – coloca-se portanto como resultado tanto da consistência temática, conceitual e metodológica daí decorrente, quanto do perfil crescentemente produtivo de discente e egressos. A produção intelectual indicada do corpo docente do PPGM-UFRJ para o quadriênio 2017-2020 divide-se em três tipos: produção artística: 18,7% (17/91); produção bibliográfica: 52,7% (48/91); e produção técnica: 28,6% (26/91). Abaixo, uma análise qualitativa acerca da qualificação da produção, com estabelecimento dos percentuais de docentes permanentes com produtos qualificados em estratos superiores.
A. Produção artística (17 produtos)
No conjunto da produção artística indicada por docentes permanentes do PPGM-UFRJ para o quadriênio 2017-2020, verifica-se os seguintes subtipos: temporadas ou turnês de apresentações (17,4%, ou 03/17 – 02 (duas) das quais em âmbito internacional, em países como Brasil, Portugal e França); estreias de obras no contexto de eventos nacionais e internacionais (17,4%, ou 03/17); apresentações de obras dos séculos XX e XXI (35,3%, ou 06/17); gravações e gravações audiovisuais (29,4%, ou 05/17), estas já no contexto da pandemia da COVID-19 com disponibilidade permanente pelo YouTube. No âmbito dessa produção artística indicada, têm abrangência local 23,5% (04/17) dos produtos, abrangência nacional 47% (08/17) deles, e abrangência internacional 29,4% (05/17).
Uma descrição da qualificação desta parcela da produção indicada de docentes permanentes do PPGM-UFRJ em estratos superiores é possível, no escopo do presente relatório, na forma de estimativa do resultado da aplicação de critérios do Qualis Artístico/Cultural a cada produção em particular; uma apreciação do conjunto, contudo, indica aderência aos critérios obrigatórios do Qualis em questão (aderência à pesquisa desenvolvida no Programa, apresentação pública da produção, acesso permanente aos resultados da produção), bem como um bom desempenho da ampla maioria dos produtos nos critérios classificatórios e seus quesitos (projeto artístico-cultural, reconhecimento da área e impacto). Estima-se com isso 100% dos docentes permanentes com produtos qualificados, no âmbito da produção artística indicada, nos estratos superiores “A1” a “A4”.
B. Produção bibliográfica (48 produtos)
No conjunto da produção bibliográfica indicada por docentes permanentes do PPGM-UFRJ para o quadriênio 2017-2020, 70,8% (34/48) dos produtos são publicações em âmbito nacional e 29,2% (14/48) são publicações de abrangência internacional. 29,2% (14/48) publicações recaem no subtipo “livro” (com 03 (três) livros e 11 (onze) capítulos), 41,7% (20/48) recaem no subtipo “artigo em periódico”, 2% (01/48) no subtipo “partitura musical” e, finalmente, 27% (13/48) no subtipo “trabalho em anais” – indicando equilíbrio de subtipos no conjunto da produção bibliográfica indicada.
No âmbito do subtipo “Livro”, 42,9% (06/14) têm abrangência nacional e 57,1% (08/14) âmbito internacional. Quanto ao contexto de produção: 42,9% (06/14) foram publicados por editora estrangeira comercial; 14,3% (02/14) por editora brasileira comercial; 14,3% (02/14) por editora universitária brasileira; 14,3% (02/14) por instituição científica brasileira; e 14,3% (02/14) por instituição científica estrangeira. Uma descrição da qualificação desta parcela da produção indicada de docentes permanentes do PPGM-UFRJ em estratos de avaliação é possível, no escopo do presente relatório, na forma de estimativa do resultado da aplicação de critérios do Qualis Livro a cada produção em particular; uma apreciação do conjunto, contudo, indica aderência aos critérios obrigatórios do Qualis em questão (atendimento aos critérios mínimos da ABNT, aderência à pesquisa desenvolvida no Programa, acesso permanente aos resultados da produção), bem como um bom desempenho da ampla maioria dos produtos nos critérios classificatórios (indicadores extraídos do exame de cada produto e seu contexto de produção). Estima-se com isso 100% dos docentes permanentes com produtos qualificados, no âmbito da produção bibliográfica indicada, subtipo “Livro”, nos estratos superiores do Qualis Livro, “L1” e “L2”.
No âmbito dos subtipos “artigo em periódico” e “partitura musical”, têm abrangência internacional 19% (04/21) dos produtos indicados, publicados em periódicos como a “Revue de Musicologie” da Société Française de Musicologie (França) (01 (um) artigo, classificação “B1” no Qualis Periódico de 2019), o “Zeitschrift der Gesellschaft für Musiktheorie” (Alemanha) (01 (um) artigo, classificação “B1” no Qualis Periódico de 2019), o “Interference Journal” do Lancaster Institute for the Contemporary Arts (Reino Unido) (01 (um) artigo, classificação “B1” no Qualis Periódico de 2019) e (como periódico nacional de âmbito internacional) o “MusMat: Brazilian Journal of Music and Mathematics” (01 (um) artigo, classificação “A4” no Qualis Periódico de 2019); têm abrangência nacional 81% (17/21) dos produtos indicados, publicados em periódicos como: “Revista OPUS” da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Música (ANPPOM) (01 (um) artigo, classificação “A2” no Qualis Periódico de 2019); “Per Musi” da UFMG (01 (um) artigo, classificação “A1” no Qualis Periódico de 2016, relativa ao quadriênio anterior e assim à época de submissão do trabalho); “Novos Estudos CEBRAP” (01 (um) artigo, classificação “A1” no Qualis Periódico de 2019); “Musica Theorica” da Associação Brasileira de Teoria e Análise Musical (TeMA) (03 (três) artigos, classificação “A2” no Qualis Periódico de 2019); “Revista Vórtex” da UNESPAR (01 (um) artigo, classificação “A2” no Qualis Periódico de 2019); “Revista da ABEM” da Associação Brasileira de Educação Musical (01 (um) artigo, classificação “A2” no Qualis Periódico de 2019; “Revista Brasileira de Música” da UFRJ (03 (três) artigos e 01 (uma) partitura, classificação “B1” no Qualis Periódico de 2019); “Revista Interfaces” do Centro de Letras e Artes da UFRJ (01 (um) artigo, classificação “B3” no Qualis Periódico de 2019); “Revista Científica do Centro Universitário de Barra Mansa” (02 (dois) artigo, classificação “B4” no Qualis Periódico de 2019); “Interlúdio” e “Revista de Musicoterapia da AMTRJ” (estes com dois artigos, sem classificação no Qualis Periódico de 2019). Verifica-se, com isso, que 42,9% (09/21) dos produtos bibliográficos indicados – de autoria de 08 (oito) docentes permanentes do Programa – revelam-se qualificados em estratos superiores “A1” a “A4”.
No âmbito do subtipo “Trabalho em Anais”, verifica-se que 15,4% (02/13) dos produtos indicados por docentes permanentes do PPGM-UFRJ têm abrangência internacional, tendo sido publicados nos anais dos eventos científicos “15th International Conference on Music Perception and Cognition (ICMPC15) & 10th Triennial Conference of the European Society for the Cognitive Sciences of Music (ESCOM10)” do Centre for Systematic Musicology da Universität Graz (Áustria) (01 (um) trabalho completo com avaliação por pares) e nos anais do “II Encontro Internacional da Associação Brasileira de Palhetas Duplas ECA-USP” (01 (um) trabalho completo com avaliação por pares); 84,6% (11/13) dos trabalhos têm abrangência nacional, tendo sido publicados em anais de eventos como: “III Simpósio Villa-Lobos” da USP (01 (um trabalho completos com avaliação por pares); “III Simpósio de Práticas Interpretativas da UFRJ” (01 (um trabalho completo com avaliação por pares); “XXIV Congresso Nacional da ABEM” (01 (um) trabalho completo com avaliação por pares); “XXIX e XXX Congressos da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Música (ANPPOM)” (05 (cinco) trabalhos completos com avaliação por pares); e 15º e 17º Colóquio de Pesquisa PPGM-UFRJ (03 (três) trabalhos completos com avaliação por pares). Uma descrição da qualificação desta parcela da produção indicada de docentes permanentes do PPGM-UFRJ em estratos de avaliação é possível, no escopo do presente relatório, na forma de estimativa do resultado da aplicação de critérios do Qualis Eventos a cada produção em particular; uma apreciação do conjunto, contudo, indica aderência aos seus critérios obrigatórios do Qualis em questão (aderência à pesquisa desenvolvida no Programa, reconhecimento na área, comitê científico representativo da área, publicação de trabalho completo em anais, avaliação do trabalho completo por pares, disponibilidade dos anais online), bem como um bom desempenho da ampla maioria dos produtos nos seus critérios classificatórios (abrangência da entidade, associação científica ou instituição promotora, composição do comitê científico e impacto). Estima-se com isso 100% dos docentes permanentes com produtos qualificados, no âmbito da produção bibliográfica indicada, subtipo “Trabalho em Anais”, nos estratos superiores “A1” e “A2”.
C. Produção técnica (26 produtos)
No conjunto da produção técnica indicada por docentes permanentes do PPGM-UFRJ para o quadriênio 2017-2020, verifica-se a prevalência de produtos de âmbito internacional: 42,3% (11/26), contra 26,9% (07/26) de abrangência local e 30,8% (08/26) de abrangência nacional. Quanto aos subtipos, contam-se apresentações de trabalhos em seminários, simpósios, congressos (aceitos mediante avaliação por pares): 19,2% (05/26) das produções; produto bibliográfico de natureza técnica (verbete em enciclopédia internacional): 3,8% (01/26); apresentações de palestras e conferências a convite de universidades, seminários, simpósios e encontros nacionais e internacionais: 15,4% (04/26); curadoria de exposições em unidade do Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM): 3,8% (01/26); docência em cursos de curta duração, workshops e seminários, em âmbito local, nacional e internacional: 19,2% (05/26); organização de eventos locais, nacionais e (majoritariamente) internacionais: 23% (06/26); coordenação de comitê em evento científico internacional: 3,8% (01/26); atuação como editor de periódico científico: 3,8% (01/26); e atuação como produtor de série radiofônica de abrangência nacional: 7,7% (02/26).
Como em alguns casos acima descritos, uma descrição da qualificação desta parcela da produção indicada de docentes permanentes do PPGM-UFRJ em estratos de avaliação é possível, no escopo do presente relatório, na forma de estimativa do resultado da aplicação de critérios do Qualis Técnico-Tecnológico a cada produção em particular. O conjunto indica conformidade com características essenciais da produção técnica e tecnológica, em aspectos como: a) o desenvolvimento de produtos e processos; b) formação, ou seja desenvolvimento de atividades de educação relacionadas a diferentes níveis e voltadas a público internos ou externo; e c) o desenvolvimento de serviços técnicos, vinculados à assistência, extensão e produção do conhecimento junto à sociedade, instituições e órgãos governamentais; e d) difusão da produção, ou seja o desenvolvimento de atividades relacionadas à divulgação da produção em eventos ou periódicos. Verifica-se com isso aderência aos critérios obrigatórios considerados para o tipologia (adequação à área de concentração, linhas de pesquisa e projetos de pesquisa do Programa), e ainda o atendimento dos seus critérios classificatórios (abrangência, inovação da produção, impacto – ponto este que será desenvolvido em “3.2.1”). Estima-se com isso 100% dos docentes permanentes com produtos qualificados, no âmbito da produção técnica indicada, entre os estratos superiores “T1” e “T3”.
2.4.2 Análise qualitativa da produção docente total do PPGM-UFRJ
A. Produção docente total do PPGM-UFRJ: abrangência, modalidades, regularidade e distribuição entre os docentes
A1. Distribuição entre modalidades e abrangência
Somando 972 (novecentos e setenta e dois) produtos no quadriênio 2017-2020 – dos quais 23,7% (232/972) produtos artísticos, 32,3% (314/972) produtos bibliográficos, e 43,8% (426/972) produtos técnicos –, a produção docente total do PPGM-UFRJ apresenta, como evidenciado pela análise da substancial amostra que representa a produção intelectual indicada pelo Núcleo Docente Permanente, analisada em “3.1.1” quanto a sua impacto e caráter inovador, uma aderência consistente com os objetivos do Programa (declarados, por sua vez, em “1.1 Missão, objetivos […] do Programa de Pós-Graduação em Música da UFRJ”). Quanto à abrangência, do conjunto total considerado, 16,5% (160/972) dos produtos têm abrangência local e 4,4% (43/972) têm abrangência regional, enquanto 53,6% (521/972) têm abrangência nacional e 23,3% (226/972) têm abrangência internacional. Se por um lado é possível relacionar a preponderância de produções de abrangência nacional e internacional (que somadas perfazem 76,9% (747/972) do total do Programa) à sua centralidade geográfica e cultural historicamente associada à cidade do Rio de Janeiro, por outro cumpre destacar o impacto, neste índice, no ano final do quadriênio, da pandemia da COVID-19, que levou à organização por via remota de eventos científicos tradicionalmente presenciais, por vezes com alto custo para participantes. Também relacionável à pandemia da COVID-19 apresenta-se o decréscimo de produções de abrangências local e regional, somando em 2020 apenas 0,7% (07/972) do total do Programa; a queda em relação à média anterior de 65,3 produções anuais da mesma abrangência pode ser interpretada, neste caso, como reflexo das limitações de circulação impostas pelo distanciamento social recomendado pelas autoridades sanitárias do país.
A2. Regularidade e distribuição entre os docentes do PPGM-UFRJ
Quanto à regularidade, percebe-se no quadriênio 2017-2020, em relação a produtos artísticos, bibliográficos e técnicos, uma estabilidade acentuada nos anos de 2017 e 2018, seguida de um acréscimo em todos os tipos no ano de 2019 e depois, em 2020, de um decréscimo nos tipos artístico e técnico, mas não no tipo bibliográfico, que experimenta no contexto da pandemia da COVID-19 um expressivo aumento. Em números absolutos, produtos artísticos somam, em 2017, 62 (sessenta e dois) (do total de 232 do quadriênio), em 2018 somam 58 (cinquenta e oito), em 2019 passam a 80 (oitenta), e em 2020 reduzem-se a 32 (trinta e dois); produtos bibliográficos, por sua vez, em 2017 em 50 (cinquenta, do total de 315 do quadriênio), em 2018 são 55 (cinquenta e cinco), em 2019 passam a 74 (setenta e quatro), chegando a 135 (cento e trinta e cinco) produtos em 2020; produtos técnicos em 2017 somam 100 (cem, do total de 426 do quadriênio), em 2018 somam 99 (noventa a nove), passando a 144 (cento e quarenta e quatro) em 2019 e caindo a 83 (oitenta e três) em 2020.
Em relação à distribuição entre os docentes do PPGM-UFRJ, consideremos inicialmente a distribuição da produção docente total do PPGM-UFRJ entre suas 03 (três) áreas de concentração. Com 04 (quatro) professores permanentes no quadriênio 2017-2020 (considerando o recredenciamento de um professor colaborador como permanente no último ano do período), a área “Educação Musical” soma no período 37 (trinta e sete) produtos artísticos, bibliográficos e técnicos, uma média de 9,25 produtos por docente no quadriênio; com 08 (oito) professores permanentes no quadriênio, a área “Musicologia” soma no período 195 (cento e noventa e cinco) produtos artísticos, bibliográficos e técnicos, uma média de 24,4 por docente no quadriênio; com 12 (oito) professores permanentes no quadriênio (considerando o recredenciamento de um professor colaborador como permanente no último ano do período, bem como o recredenciamento como colaborador de um docente permanente), a área de “Processos Criativos” soma no período 576 (quinhentos e setenta e seis) produtos artísticos, bibliográficos e técnicos, uma média de 48 (quarenta e oito) por docente no quadriênio.
A3. Participação discente
Em relação à participação discente na produção total do PPGM-UFRJ, verifica-se, como indicado em “2.2.2”, uma preponderância acentuada de produtos bibliográficos sobre produtos artísticos e técnicos: enquanto produções bibliográficas de discentes (incluindo aí coautorias de discentes com docentes ou participantes externos do Programa) somam, no quadriênio 2017-2020, 116 (cento e dezesseis) publicações, no mesmo período verifica-se 04 (quatro) produtos artísticos e 38 (trinta e oito) produções técnicas de autoria de discentes. Relacionamos, acima, a limitada representatividade discente na modalidade artística à ênfase apenas muito recente na inclusão da produção discente e de egressos na Plataforma Sucupira, que sem dúvida responde pela parcial invisibilidade de produções destes na modalidade, e a limitada representatividade discente na modalidade técnica, por sua vez, aos próprios objetivos e vocação do Programa, embora um envolvimento maior de alunos já se observe para além do quadriênio 2017-2020, assinalando uma nova tendência. No âmbito da produção bibliográfica de discentes, uma avaliação qualitativa revela não somente uma vinculação completa das produções discentes aos projetos de pesquisa dos quais participam, indicando convergência e verticalidade entre disciplinas, pesquisas e produção intelectual, como também a preponderância do subtipo “trabalho em anais”, que responde por 54,6% (172/315) dos produtos em questão, quase em sua totalidade em anais de eventos de abrangência nacional – reflexo da integração desta mesmo produção com o processo de avaliação e discussão entre pares de resultados parciais ou finais de suas pesquisas em andamento, e com isso uma qualificação dessa mesma produção.
2.5 Atuação do corpo docente do PPGM-UFRJ nas atividades de formação no Programa
2.5.1 Atividades de ensino, orientação e pesquisa do PPG realizadas pelos docentes permanentes
No quadriênio 2017-2020, foram defendidos no PPGM-UFRJ 94 (noventa e quatro) trabalhos finais: 71 (setenta e uma) Dissertações de Mestrado e 23 (vinte e três) Teses de Doutorado – 80,3 (57/71) das Dissertações de Mestrado e 82,6% (19/23) das Teses de Doutorado orientadas por professores do Núcleo Docente Permanente do Programa. No quadriênio, portanto, a média das orientações concluídas por docente permanente fixou-se em 3,5 (quatro) Dissertações e Teses. 06 (seis) docentes permanentes mantiveram-se nesta média, 05 (cinco) concluíram de 05 (cinco) a 09 (nove) orientações no quadriênio, enquanto 08 (oito) concluíram de 01 (uma) a 03 (três) orientações, e 04 (quatro) não concluíram nenhuma – quadro influenciado pela forte retenção de alunos em função da pandemia da COVID-19, considerando sobretudo que os prazos internos da UFRJ para integralização dos cursos foram suspensos por deliberação do Conselho de Ensino para Graduados (CEPG) da UFRJ, no início da pandemia em março de 2020.
Ao final do quadriênio 2017-2020, o número de orientações por docente permanente varia de 01 (um) a 09 (nove), embora a maioria – 50% (11/22) – oriente de 03 (três) a 07 (sete) alunos; 05 (cinco) docentes orientam 01 (um) ou 02 (dois) alunos, e 02 (dois) docentes orientam 09 (nove) alunos. O número de orientações por docente colaborador varia de 0 (zero) a 09 (nove), embora a maioria – 04 (quatro) dos 08 (oito) colaboradores – oriente apenas 02 (dois) ou 03 (três) alunos, e 01 (um) somente oriente 09 (nove) alunos (novamente em função da retenção de alunos em função da pandemia da COVID-19, neste caso das turmas de Doutorado de 2015 e 2016: 03 (três) discentes da turma de 2015 e 02 (dois) discentes da turma de 2016). Uma comparação das categorias revela portanto que enquanto 07 (sete) permanentes orientam 02 (dois) ou 03 (três) alunos cada um, apenas 04 (quatro) colaboradores são responsáveis pelo mesmo número de orientações, indicando que o PPGM-UFRJ não apresenta dependência dos docentes colaboradores para a orientação de alunos.
Em razão da estrutura curricular dos cursos de graduação da unidade na qual está inserido o PPGM-UFRJ, o percentual de professores Núcleo Docente Permanente do Programa com orientações do tipo TCC mantém-se limitado a 22,7% (05/22), ou seja segue recaindo nos docentes do Programa vinculados ao Departamento de Musicologia e Educação Musical (04) da Escola de Música. A atuação de professores do Núcleo Docente Permanente do PPGM-UFRJ como orientadores de projetos de Iniciação Científica, porém, e malgrado o impacto de restrições orçamentários na possibilidade de oferecimento de bolsas deste tipo pela UFRJ, revela-se mais ampla no quadriênio, com 40,9% (09/22) dos professores com orientações de Iniciação Científica concluídas e em andamento. Na “XLII Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica, Tecnológica, Artística e Cultural (JICTAC 2020 – Edição Especial)”, foram premiados nas categorias “destaque” e “menção” cinco trabalhos de discentes de graduação orientados por professores Núcleo Docente Permanente do PPGM-UFRJ, todos com notável vinculação aos projetos de pesquisa em andamento no Programa (ver https://www.even3.com.br/jictac2020ufrj/).
Ao longo do quadriênio 2017-2020, ofereceram disciplinas no PPGM-UFRJ 90,9% (20/22) dos docentes permanentes do PPGM-UFRJ, sinalizando uma distribuição equilibrada das atividades de ensino do Programa (ver https://ppgm.musica.ufrj.br/?s=inscricoes+%2B+disciplinas&category_name=&submit=Procurar). Ofereceram disciplinas na graduação no mesmo período, excluídos os professores aposentados credenciados no Programa (Profa. Dra. Regina Maria Meirelles Santos, Prof. Dr. Rodolfo Caesar e Profa. Dra. Sara Cohen, os dois últimos aposentados em maio de 2020 e maio de 2019, respectivamente), 100% dos docentes permanentes do PPGM-UFRJ, assinalando uma característica própria da Unidade em que o Programa está inserido.
2.5.2 Participação de docentes permanentes em grupos e redes de pesquisa, em atividades de gestão e administração e em organização de eventos e editoria de revistas e publicações.
A. Participação em grupos e redes de pesquisa
O PPGM-UFRJ conta com 13 (treze) grupos de pesquisa em atividade, dos quais participam 86,4% (19/22) dos professores do Núcleo Docente Permanente do Programa: 1) “Africanias”; 2) “Cognição Musical em Processos Criativos (CMPC)”; 3) “Educação Musical, Musicalidade Abrangente e Diversidade Cultural”; 4) “Laboratório de Etnomusicologia”; 5) “Música Brasileira em Perspectiva (MBP) – Práticas comuns dos séculos XVIII ao XX” (criado em 2020); 6) “Música, Educação Poética e Pensamento”; 7) “MusMat”; 8) “NEV – Núcleo de Estudos do Violão”; 9) “Novas Musicologias”; 10) “Oficina de Música Contemporânea”; 11) “Performance Hoje”; 12) “Polo Caravelas Brasil”; 13) “Ritmo, Corpo e Som”. 31,8% (07/22) dos professores do Núcleo Docente Permanente do Programa participam de redes de pesquisa – compreendidas como redes de grupos de pesquisa ou redes de pesquisadores ensejando o estabelecimento de relações institucionais estáveis em colaborações de longo prazo – de âmbito local, nacional e internacional. São exemplos de projetos e parcerias interinstitucionais do PPGM-UFRJ fundamentados em redes de pesquisa:
a) A colaboração entre o grupo de pesquisa “Polo Caravelas Brasil” e a Universidade Nova de Lisboa. Compreendido como posto avançado do Centro de Estudos da Sociologia e Estética Musical sediado na Faculdade de Ciências Socais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, o núcleo de estudos “Polo Caravelas” tem como objetivo contribuir sistematicamente para a integração da comunidade musicológica luso-brasileira, assim como fomentar interesse no campo da história da música de ambos os países, execução, análise, edição e divulgação de seu repertório. Através do seu “Polo Caravelas Brasil”, foram organizados pelo PPGM-UFRJ eventos como o Simpósio “Pe. José Maurício Nunes Garcia: 250 anos” (2017), o “II Congresso Internacional – A Língua Portuguesa em Música: Diálogos” (2018), o Colóquio Internacional “Heitor Villa-Lobos e a Europa nos 60 anos de sua morte” (2019) e o “Simpósio Internacional Alberto Nepomuceno” (2020).
b) A colaboração do grupo de pesquisa “MusMat” com pesquisadores de todo o mundo em torno da pesquisa na área, com associações especializadas como a Associação Brasileira de Teoria e Análise Musical (TeMA), com o Departamento de Ciência da Computação da UFRJ, com os Institutos de Matemática da UFRJ e da UFF, com o Instituto Militar de Engenharia (IME) e com o grupo de pesquisa MUS³ (UFPB) e com o Núcleo Interdisciplinar de Comunicação Sonora (NICS) da UNICAMP. Iniciada em 2016, a colaboração em rede de pesquisa levou à promoção do “III Congresso da Associação Brasileira de Teoria e Análise Musical (TeMA) & IV Congresso Internacional de Música e Matemática” em outubro de 2019 (o maior em importância da América Latina, com a participação de autores renomados Prof. Dr. Robert Peck, Prof. Dr. Richard Cohn e Prof. Dr. Robert Morris, entre outros).
c) A colaboração do grupo de pesquisa “Africanias” com o Centro de Estudos Africanos (CEA) da UFMG, o Núcleo de Estudos Africanos (NEAB) do CEFET, A Universidade Católica de Moçambique e A Universidade Nacional da Colômbia, integrando um esforço transcontinental de sintonia de conhecimentos relativos à diáspora africana e à integração desta com culturas ameríndias e europeias. O grupo integra uma rede de pesquisadores empenhados em construir uma conexão entre pesquisas autóctones até o momento dispersas. Em 2020, deu-se início a preparativos visando também à celebração no quadriênio vindouro de acordo de cooperação entre a UFRJ e a Universidade Eduardo Mondlane de Maputo, Moçambique, em torno de objetivos comuns de pesquisa relacionados ao grupo de pesquisa “Africanias” do PPGM-UFRJ e envolvendo ainda o Instituto de História da UFRJ.
d) A colaboração de pesquisadores do projeto de pesquisa “Educação Musical na Diversidade” com o Instituto de Psiquiatria (IPUB-UFRJ) e com alunos do Instituto Nacional de Educação para Surdos (INES), e esforço por promover o desenvolvimento do bem-estar e da educação integral.
e) A colaboração de pesquisadores do grupo de pesquisa “Novas Musicologias” com o Ibero-Amerikanisches Institut (IAI) e Universität der Künste Berlin (UdK) de Berlim, resultando na realização do “II International Conference IAI/UDK & VIII UFRJ International Symposium of Musicology” em 2017, evento científico de abrangência internacional reunindo pesquisadores do Brasil e da Alemanha em torno do tema “Trayectorias / Cultural Exchanges: Music between Latin America and Europe, 1945–1970”.
B. Participação de docentes permanentes em atividades de gestão e administração do PPGM-UFRJ
No quadriênio 2017-2020, 68,2% (15/22) dos professores do Núcleo Docente Permanente participaram de atividades de gestão e administração do PPGM-UFRJ, cuja Comissão Deliberativa é integrada por 05 (cinco) coordenadores de linha de pesquisa e seus respectivos suplentes e pelo coordenador do programa e seu substituto eventual, além da Representação Discente. Atuaram como coordenadores do programa: Prof. Dr. Pauxy Gentil Nunes Filho (2017-2019) e Prof. Dr. João Vicente Vidal (2019-2020); como substitutos eventuais do coordenador: Profa. Dra. Ana Paula da Matta Machado Avvad (2017-2019) e Prof. Dr. Pauxy Gentil Nunes Filho (2019-2020); como coordenadores de linha de pesquisa: Prof. Dr. Joao Miguel Bellard Freire, Profa. Dra. Thelma Beatriz Sydenstricker Alvares, Prof. Dr. Sergio Luís de Almeida Alvares, Prof. Dr. Samuel Mello Araújo Junior, Prof. Dr. Frederico Machado de Barros, Profa. Dra. Marcia Ermelindo Taborda, Prof. Dr. Marcos Vinício Cunha Nogueira, Prof. Dr. Carlos de Lemos Almada, Prof. Dr. Liduino Jose Pitombeira de Oliveira, Prof. Dr. Pauxy Gentil Nunes Filho, Prof. Dr. Alberto José Vieira Pacheco, Profa. Dra. Midori Maeshiro e Prof. Dr. Pedro Sousa Bittencourt.
C. Participação de docentes permanentes na organização de eventos do PPGM-UFRJ
C1. Eventos de apresentação, divulgação e discussão de música brasileira e contemporânea:
a) Prof. Dr. Marcos Vinício Cunha Nogueira, Prof. Dr. Carlos de Lemos Almada, Prof. Dr. Liduino Jose Pitombeira de Oliveira e Prof. Dr. Pauxy Gentil Nunes Filho: organização do projeto “Compositores”, ativo desde 2013, iniciativa do Departamento de Composição da Escola de Música da UFRJ em colaboração com o Laboratório de Música e Tecnologia (LaMuT) do PPGM-UFRJ, com organização de docentes permanentes de linha de pesquisa “Poéticas da Criação Musical”. Promove palestras de compositores consagrados em âmbito nacional e internacional, para comunicações sobre obras e realização de masterclasses para alunos do curso de graduação em composição. No quadriênio, o projeto teve os seguintes compositores convidados: Borislava Taneva (Bulgária), Marcos Mesquita (Brasil), Arthur Kampela (Brasil), Guilherme Bertissolo (UFBA), Tatiana Catanzaro (Brasil), Rael Toffolo (UNESP), Clarice Assad (Brasil/EUA), Bernardo Ramos (UFRJ), Mark Hagerty (EUA), Mario Adnet (Brasil), Edgardo José Rodriguez (Argentina), Gregory Mertl (EUA, artista independente), Harry Crowl (UFPR) e Helder Oliveira (UFRJ). (ver https://ppgm.musica.ufrj.br/projeto-compositores/)
b) Prof. Dr. Marcos Vinício Cunha Nogueira, Prof. Dr. Carlos de Lemos Almada, Prof. Dr. Liduino Jose Pitombeira de Oliveira e Prof. Dr. Pauxy Gentil Nunes Filho: organização do projeto “Panorama da Música Brasileira Atual”, um dos mais importantes festivais de música contemporânea de concerto do país, foi criado em 1978 pelo compositor e ex-coordenador do PPGM-UFRJ Prof. Dr. Ricardo Tacuchian no âmbito do Departamento de Composição da Escola de Música da UFRJ. O festival reúne alunos de composição da graduação, e de “Práticas Interpretativas” do PPGM-UFRJ, para a realização de concertos sinfônicos e de câmara, com chamada nacional, exclusivamente com estreias, e concomitante promoção de palestras e mesas redondas para discussão de assuntos ligados à composição, produção e realização de música de concerto contemporânea. Junto ao festival, é promovido o “Concurso Nacional de Composição Escola de Música da UFRJ”, com chamada nacional e comissão julgadora local, que premia obras orquestrais com prêmio em dinheiro e a execução das estreias no concerto sinfônico do Panorama da Música Brasileira Atual. Em sua vigésima nona edição em 2018, foram realizadas 72 estreias, além das três obras premiadas pelo Concurso Nacional de Composição. Em função da pandemia da COVID-19, foi adiada para 2021 a trigésima edição do evento, que se realizaria em 2020. (ver https://ppgm.musica.ufrj.br/tag/panorama-da-musica-brasileira-atual/)
c) Prof. Dr. Rodrigo Cicchelli Velloso: organização do projeto de extensão “Contemporâneas” (até 2019 “Eletroacústicas”), série de transmissões radiofônicas semanais coordenada pelo Prof. Dr. Rodrigo Cicchelli, com divulgação do repertório eletroacústico nacional e internacional pela Rádio MEC-FM/EBC, com cobertura em território nacional e inclusão de estreias e entrevistas com compositores e instrumentistas envolvidos. Em 2019, foram 52 programas, com diversas estreias de obras brasileiras e internacionais; em 2020, foram 33 programas, com diversas estreias de obras brasileiras e internacionais. (ver https://radios.ebc.com.br/eletroacusticas)
C2. Eventos de divulgação e discussão da pesquisa em processos criativos e musicologia sistemática:
a) Prof. Dr. Rodolfo Caesar e a Pós-Doutoranda Luiza Beatriz Amorim Melo Alvim: organização da “Jornada Interdisciplinar de Som e Música no Audiovisual (JISMA)”: promovido em conjunto com a Cinemateca do MAM, a JISMA teve sua primeira edição em 2016, e é um evento com mesas-redondas reunindo pesquisadores de som e música sobre diversos objetos audiovisuais. Corrobora e legitima a existência de um campo interdisciplinar que tem crescido nos últimos anos, tanto na área de Música quanto na de Cinema/Comunicação e na de Artes, com o surgimento e multiplicação de artigos, Dissertações de Mestrado e Teses de Doutorado. Em sua quarta edição em 2019, a JISMA reuniu pesquisadores do país todo, consolidando-se como evento de referência para a área. (ver https://conferencias.ufrj.br/index.php/jisma/index/about)
b) Prof. Dr. Pauxy Gentil Nunes Filho, Prof. Dr. Carlos de Lemos Almada e Prof. Dr. Liduino Jose Pitombeira de Oliveira: organização do “III Congresso da Associação Brasileira de Teoria e Análise Musical (TeMA) & IV Congresso Internacional de Música e Matemática”: realizado em 2019 pelo grupo de pesquisa “MusMat” em parceria com a Associação Brasileira de Teoria e Análise Musical (TeMA), reuniu em torno do tema da “Teoria Musical no Brasil – Diálogos Intercontinentais e Música e Matemática – Diálogos Intercontinentais”, o grupo “MusMat” um extenso rol de convidados nacionais e internacionais, como Edgardo Rodríguez (Universidad Nacional de La Plata, Argentina), Gabriel Pareyon (Universidad de Guadalajara, México), Jean-Pierre Briot (IRCAM/CNRS, França), José Oliveira Martins (Universidade de Coimbra, Portugal), Patrick McCreless (Yale University, EUA), Robert Morris (Rochester University, EUA), Arthur Kampela (UNIRIO), Carole Gubernikoff (UNIRIO), Charles de Paiva (UNICAMP), Cliff Korman (UNIRIO), Cristina Gerling (UFRGS), Didier Guigue (UFPB), Ilza Nogueira (UFPB), Júlio Herrlein (UFRGS), Marcelo Carneiro (UNIRIO), Marcos Branda Lacerda (USP), Paulo Costa Lima (UFBA), Paulo de Tarso (USP), Ricardo Bordini (UFMA) e Rodrigo Schramm (UFRGS). (ver https://ppgm.musica.ufrj.br/tema-musmat/)
C3. Eventos de divulgação e publicação de conhecimento musicológico, de caráter etnográfico e no âmbito da musicologia histórica:
a) Profa. Dra. Maria Alice Volpe e Prof. Dr. Pauxy Gentil Nunes Filho: organização do “Simpósio Internacional de Musicologia da UFRJ”, evento que tem contribuído ao longo dos anos para o diálogo com o conhecimento do campo, notadamente através da participação de especialistas da área de diversos centros universitários nacionais e internacionais em palestras, mesas redondas e anais do evento. Em sua décima edição em 2019, reuniu pesquisadores como Manuel Pedro Ferreira (Universidade Nova de Lisboa, Portugal, membro da Academia Europeia e da direção da Sociedade Internacional de Musicologia), Silvio dos Santos (University of Florida, EUA), Manoel Aranha Corrêa do Lago (Academia Brasileira de Música), Didier Guigue (UFPB), Rubens Russomanno Ricciardi (USP-RP), e Mayrton Bahia (UNESA), incluindo ainda, a segunda edição do Curso de Extensão “Pedagogia da História da Música Brasileira para a Educação Básica”, com vínculo metodológico ao grupo de pesquisa “Novas Musicologias”. Em função da pandemia da COVID-19, a edição de 2020 não se realizou. (ver https://ppgm.musica.ufrj.br/2019/08/11/simposio-internacional-de-musicologia-celebra-sua-decima-edicao/)
b) Profa. Dra. Maria Alice Volpe: organização da “Série de Música Latino-Americana”. Criada pela ex-coordenadora do PPGM-UFRJ Profa. Dra. Maria de Fátima Tacuchian e vinculada atualmente ao grupo de pesquisa “Novas Musicologias”, a série apresentou em sua nona edição em 2017 as “Palestras Victoria Eli Rodriguez & Julio Arce”. Com organização da Profa. Dra. Maria Alice Volpe, também, a “III Jornada do grupo de pesquisa Novas Musicologias: Musicologia da Voz II” realizada em 2017.
c) Prof. Dr. Antonio José Augusto e Prof. Dr. Pauxy Gentil Nunes Filho: organização do “Simpósio Nacional Villa-Lobos”, em sua quinta edição em 2019, realizado no âmbito de um dos mais reconhecidos Festivais de Música da América Latina, o Festival Villa-Lobos, o evento tem reunido pesquisadores da obra e da interpretação do compositor e de música brasileira em geral para palestras, comunicações de pesquisas em andamento e concertos, com publicação de anais em formato eletrônico.
d) Prof. Dr. José Alberto Salgado e Silva (colaborador) e Prof. Dr. Frederico Machado de Barros: organização da Série “Rodas para Pensar – encontros para conhecer o trabalho com música”, inserida na linha de pesquisa “Etnografia das Práticas Musicais”, e vinculada ao projeto de pesquisa “Práticas de interlocução e registro etnográfico sobre o trabalho com música”. Reúne pesquisadores acadêmicos, músicos profissionais, estudantes de graduação e pós-graduação e interessados em geral, tematizando a música como construção profissional, em frentes diversas de trabalho. No período de 2017 a 2020, contou com a contribuição de 19 convidados-palestrantes e de um público diversificado e participativo nas discussões. (ver, entre outros, https://ppgm.musica.ufrj.br/2019/07/22/8184/)
e) Profa. Dra. Andrea Albuquerque Adour da Câmara: organização do “I Congresso Africanias” do grupo de pesquisa “Africanias” em 2019, propondo, em torno do tema “Oralidade e Escritura”, a compreensão das contribuições dos diversos povos africanos e indígenas nos diferentes gêneros da música brasileira, através do estudo sistemático, contando com a participação de pesquisadores de diferentes áreas e instituições. O encontro fomentou discussões e debates entre os pesquisadores, intérpretes, discentes e a comunidade externa a partir da realização de palestras, comunicações científicas e apresentações artísticas. (ver https://ppgm.musica.ufrj.br/2019/09/17/oralidade-e-escrituras-no-i-congresso-africanias-programacao-completa/)
f) Prof. Dr. Alberto Jose Vieira Pacheco e Profa. Dra. Andrea Albuquerque Adour da Câmara: organização do “II Congresso Internacional – A Língua Portuguesa em Música: Diálogos”, promovido em 2018 pelo grupo de pesquisa “Polo Caravelas Brasil” em colaboração com a Universidade Nova de Lisboa e o Caravelas Portugal. O evento reuniu pesquisadores nacionais e internacionais para comunicações, mesas redondas e concertos ligados à temática enfocada. (ver https://ppgm.musica.ufrj.br/2017/09/22/simposio-pe-jose-mauricio-nunes-garcia-250-anos-programacao/)
g) Prof. Dr. Alberto Jose Vieira Pacheco e Profa. Dra. Andrea Albuquerque Adour da Câmara: organização do Simpósio “Pe. José Maurício Nunes Garcia: 250 anos”, promovido em 2017 pelo grupo de pesquisa “Polo Caravelas Brasil” em colaboração com a Universidade Nova de Lisboa e o Caravelas Portugal. O evento reuniu pesquisadores nacionais e internacionais para comunicações, mesas redondas e concertos ligados à temática enfocada. (ver https://ppgm.musica.ufrj.br/2018/04/03/nucleo-caravelas-apresenta-o-ii-congresso-internacional-a-lingua-portuguesa-em-musica-dialogos/)
h) Prof. Dr. Alberto Jose Vieira Pacheco: organização do Colóquio Internacional “Heitor Villa-Lobos e a Europa nos 60 anos de sua morte”, promovido em 2019 pelo grupo de pesquisa “Polo Caravelas Brasil” em colaboração com a Universidade Nova de Lisboa e o Caravelas Portugal. O evento reuniu pesquisadores nacionais e internacionais para comunicações, mesas redondas e concertos ligados à pesquisa em torno do compositor brasileiro, por ocasião de seus 60 anos de morte. (ver https://cesem.fcsh.unl.pt/event/heitor-villa-lobos-e-a-europa-nos-60-anos-da-sua-morte/)
i) Prof. Dr. Alberto Jose Vieira Pacheco: organização do “Simpósio Internacional Alberto Nepomuceno”, promovido em 2020 pelo grupo de pesquisa “Polo Caravelas Brasil” em colaboração com a Universidade Federal de Pelotas (UFPel). O evento reuniu pesquisadores nacionais e internacionais para comunicações, mesas redondas e concertos ligados à pesquisa em torno do compositor brasileiro, por ocasião de seus 100 anos de morte. (ver https://wp.ufpel.edu.br/anepomucenoc/2020/05/30/simposio-internacional-alberto-nepomuceno/)
j) Profa. Dra. Andrea Albuquerque Adour da Câmara: organização da “Jornada Africanias UFRJ”, cujas primeira e segunda edições em 2017 e 2018 propuseram a compreensão da presença africana nos diferentes gêneros da música brasileira, através do estudo sistemático, contando com a participação de pesquisadores de diferentes áreas e instituições. (ver https://musica.ufrj.br/index.php?option=com_content&view=article&id=2012:jornadas-debatem-africanias&catid=55:destaques&Itemid=86)
C4. Eventos de promoção da construção do conhecimento em práticas interpretativas:
a) Prof. Dr. Marcelo Fagerlande (colaborador), Prof. Dr. João Vicente Vidal e Prof. Dr. Pauxy Gentil Nunes Filho: “Semana do Cravo”: O longevo evento, oferecido sem interrupções desde o ano de 2003, tem reunido ao longo de sua história pesquisadores do repertório e interpretação do instrumento em âmbito nacional e internacional, com mesas redondas, concertos e, mais recentemente, publicação de anais com artigos completos. Em sua XVI edição (2019), foram abordados e discutidos temas como “O papel do acompanhador de cravo nas instituições e festivais brasileiros” e “O cravo e seus intérpretes no Rio de Janeiro no século XX – anos 70, 80 e 90, com a presença dos principais pesquisadores da musicologia histórica e prática interpretativa do instrumento. O evento homenageou postumamente a cravista Violetta Kundert, cuja atuação pioneira foi marcante no Rio de Janeiro e em outras cidades brasileiras, sobretudo como participante do Conjunto de Música Antiga da Rádio MEC-FM. Em sua XVII edição em 2020, realizada inteiramente por via remota em função da pandemia da COVID-19, foram abordados e discutidos temas como “Iniciação ao cravo: crianças e terceira idade” e “Professores brasileiros: o ensino e a pesquisa”. O evento homenageou postumamente o cravista canadense Kenneth Gilbert, e contou com a participação de Olivier Baumont (Conservatório Nacional Superior de Música, Paris), Reinhard von Nagel (ateliê de fatura de instrumentos Von Nagel, Paris) e Rachelle Taylor (Universidade McGill, Canadá). (ver https://ppgm.musica.ufrj.br/2020/08/31/chamada-de-trabalhos-aberta-para-a-xvii-semana-do-cravo-em-formato-virtual/ e https://musica.ufrj.br/index.php/comunicacao/noticias/pos-graduacao/semana-do-cravo-divulga-programacao)
b) Profa. Dra. Marcia Ermelindo Taborda: organização da “Jornada do Violão”: Iniciada em 2018, com curadoria do grupo de pesquisa “NEV – Núcleo de Estudos do Violão”, o evento ofereceu em sua primeira edição masterclass e recital de Daniel Wolff, palestra com o luthier Ricardo Dias sobre a luteria e a formação da música, e mesa redonda sob o tema “Caminhos do violão: ensino, técnica e mercado de trabalho”, mediada por Paulo Pedrassoli e com a participação de Marco Pereira, Nicolas de Souza Barros, Frederico Barros e Daniel Wolff. A programação incluiu ainda o painel “O violão na produção acadêmica atual”, com Valmir Oliveira, Elodie Bouny, Paula Borghi e Fernando Cury. (ver https://musica.ufrj.br/index.php/eventos/time-line/temporada-2018/i-jornada-do-violao/master-class-4)
c) Profa. Dra. Marcia Ermelindo Taborda: organização do evento “Tributo a Olga Praguer Coelho”, realizado no âmbito da temporada 2019 da Sala Cecília Meireles e transmitido pela EBC em rede nacional. (ver https://tvbrasil.ebc.com.br/partituras/2019/04/tributo-olga-praguer-coelho)
d) Prof. Dr. Pedro Sousa Bittencourt: organização da “Jornada de Músicas Mistas da UFRJ”: O projeto de extensão propõe a realização de eventos públicos e gratuitos agrupando atividades artísticas, culturais e acadêmicas em torno das músicas mistas, ou seja daquelas que conjugam instrumentos musicais tradicionais a meios eletrônicos e informáticos. Realizadas desde 2015 na Escola de Música da UFRJ, com atividades como palestras, mesas-redondas, concertos, publicações, as “Jornadas” tem como público-alvo de alunos de graduação e pós-graduação ao público em geral. Em 2020 realizou-se a “IV Jornada de Músicas Mistas da UFRJ”, em função da pandemia da COVID-19 por via remota, com transmissão ao vivo pelo YouTube. A edição contou com sessões de comunicação em português e inglês, e com a participação de pesquisadores do Brasil (UFRJ, UNICAMP, USP, FASM, UFJF, UNIRIO, CEMCPC-Uberlândia, UFMS) e do exterior (Digital Media and Arts Research Centre – University of Limerick (Irlanda), City University of New York (EUA), Université Paris VIII (França), Universidade Nova de Lisboa (Portugal) e UAM-Lerma (México). (ver https://ppgm.musica.ufrj.br/2020/09/02/grupo-performance-hoje-abre-a-v-jornada-de-musicas-mistas-da-ufrj-programacao-completa/).
C5. Eventos promovendo uma interface com a educação básica a partir das pesquisas desenvolvidas no PPGM-UFRJ:
a) Prof. Dr. Joao Miguel Bellard Freire, Profa. Dra. Thelma Beatriz Sydenstricker Alvares e Prof. Dr. Sergio Luís de Almeida Alvares: organização do “VIII Simpósio de Educação Musical da UFRJ”, com vínculo metodológico ao grupo de pesquisa “Educação Musical, Musicalidade Abrangente e Diversidade Cultural”. (ver https://ppgm.musica.ufrj.br/2017/12/17/viii-simposio-de-educacao-musical-encerra-atividade-academica-de-2018/)
b) Profa. Dra. Maria Alice Volpe e Prof. Dr. Pauxy Gentil Nunes Filho: organização do curso de extensão “Pedagogia da História da Música Brasileira para a Educação Básica”, promovendo uma interface com a educação básica. Com vínculo metodológico ao grupo de pesquisa “Novas Musicologias”, define-se como uma contribuição para melhorias no âmbito do ensino fundamental e médio da música no país. Surgiu e está inserido no “Simpósio Internacional de Musicologia da UFRJ”, em sua décima edição em 2019, evento por sua vez que tem contribuído, ao longo dos anos, para o diálogo com o conhecimento do campo, notadamente através da participação de especialistas da área de diversos centros universitários internacionais em palestras, mesas redondas e anais do evento. Em função da pandemia da COVID-19, a edição de 2020 não se realizou.
C6. Eventos de divulgação e discussão de pesquisas concluídas e em andamento, desenvolvidos dentro e fora do âmbito do PPGM-UFRJ:
a) Prof. Dr. João Vicente Vidal, Prof. Dr. Pauxy Gentil Nunes, Prof. Dr. Carlos de Lemos Almada e Prof. Dr. Liduino Jose Pitombeira de Oliveira: organização do “Colóquio de Pesquisa do PPGM-UFRJ”: o evento consolida-se como evento de âmbito nacional, por demanda das próprias instituições externas, com participantes de todas as regiões do país. Em 2019, alcançou sua décima oitava edição, sem interrupções, tornando-se assim um dos mais longevos e regulares eventos científicos da Escola de Música da UFRJ, e assim uma bem-sucedida experiência de ensino e pesquisa acadêmica. Nesta edição, foram organizadas palestras e mesas organizadas em torno de temas relativos às transformações no sistema de avaliação da pós-graduação no Brasil: estrutura, avaliação e impacto, além de objetivos, modalidades e instrumentos de financiamento e acompanhamento, com convidados externos como a Profa. Dra. Vera Beatriz Siqueira (UERJ) e o Prof. Dr. Paulo Augusto Castagna (UNESP). Nas edições 2017-2019, todas as comunicações foram transmitidas e disponibilizadas pela Internet, na página do PPGM-UFRJ no Facebook, emprestando ao evento uma qualidade interativa e democratizando o acesso às discussões nele desenvolvidas e ampliando desta forma o seu impacto. Em sua décima nona edição comemorativa dos 40 anos de criação do Programa em 1980 e realizada ao final do segundo período letivo de 2020 (março de 2021, de acordo com o calendário da UFRJ, alterado em função da pandemia da COVID-19), o evento foi realizado inteiramente por via remota, com transmissão ao vivo pelo canal do evento no YouTube (ver https://www.youtube.com/channel/UCZCMmteCAphystIBPsA_jZg), com a participação de 70 pareceristas das diversas regiões do país e a apresentação de 48 comunicações de alunos de graduação, pós-graduação e pesquisadores de outras instituições. (ver https://conferencias.ufrj.br/index.php/cppgm/19cppgm)
D. Participação de docentes permanentes na editoria de revistas e publicações do PPGM-UFRJ
a) Profa. Dra. Maria Alice Volpe, Prof. Dr. João Vicente Vidal e Prof. Dr. Pauxy Gentil Nunes: editoria da Revista Brasileira de Música, fundada em 1934 e reconhecida hoje como o primeiro periódico acadêmico-científico de música do Brasil. Ao longo de suas mais de oito décadas de existência, tem fomentado a produção e a disseminação do conhecimento científico e artístico no campo da música, em diálogo com áreas afins, através da publicação de artigos completos, entrevistas, resenhas, informes e partituras. Publicação oficial do Programa de Pós-Graduação em Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro, veicula textos em português, inglês e espanhol em versão eletrônica de acesso gratuito, com periodicidade semestral, a revista está indexada nas bases RILM Abstracts of Music Literature e The Music Index-EBSCO. A partir de 2019, a Revista Brasileira de Música passou a organizar-se em torno de dossiês temáticos coordenados por editores convidados vinculados aos grupos de pesquisa do Programa: em seus números de 2019, a revista passou a veicular, ao lado dos artigos recebidos em sistema de fluxo contínuo, dossiês temáticos vinculados aos grupos de pesquisa “Novas Musicologias” (volume “Pedagogia da História da Música Brasileira para a Educação Básica”, v. 32, n. 1, 2019-1), “Música Brasileira: construção, permanências e apropriações” (dossiê “Música Brasileira”, v. 32, n. 2, 2019-2 – o grupo de pesquisa encerrou suas atividades em fevereiro de 2020, com o falecimento do seu líder o Prof. Dr. Antonio Jose Augusto), “Ritmo, Corpo e Som” (dossiê “Som e Música no Audiovisual”, v. 33, n. 1, 2020-1) e “Performance Hoje” (dossiê “Processos criativos em performance musical colaborativa – dinâmicas e perspectivas”, v. 33, n. 3, 2020-2, no prelo). Em avaliação provisória do Qualis Periódico de 2019, a “Revista Brasileira de Música” foi classificada no estrato “B1”, e em 2020 passou-se a atribuir identificadores DOI a todos os trabalhos aceitos para publicação. (ver https://revistas.ufrj.br/index.php/rbm/index)
b) Prof. Dr. Pauxy Gentil Nunes, Prof. Dr. Carlos de Lemos Almada e Prof. Dr. Liduino Jose Pitombeira de Oliveira: editoria do periódico científico “MusMat – Brazilian Journal of Music and Mathematics”, apresentando artigos, entrevistas, resenhas, partituras musicais e notícias sobre a interação entre música e matemática aplicada à análise musical e à composição em publicação de acesso aberto publicada exclusivamente em língua inglesa, com periodicidade semestral. Em avaliação provisória do Qualis Periódico 2019, a MusMat – Brazilian Journal of Music and Mathematics” foi classificada no estrato “A4”, e em 2020 passou-se a atribuir identificadores DOI a todos os trabalhos aceitos para publicação. (ver https://musmat.org/musmat-journal/)
c) Prof. Dr. João Vicente Vidal, Prof. Dr. Pauxy Gentil Nunes, Prof. Dr. Carlos de Lemos Almada e Prof. Dr. Liduino Jose Pitombeira de Oliveira: editoria dos “Anais do Colóquio de Pesquisa do PPGM-UFRJ”, evento anual do PPGM-UFRJ. (ver https://ppgm.musica.ufrj.br/anais-do-17-coloquio-de-pesquisa-do-ppgm-ufrj-2/, https://ppgm.musica.ufrj.br/anais-do-16-coloquio-de-pesquisa-do-ppgm-ufrj/, https://ppgm.musica.ufrj.br/anais-do-15-coloquio-de-pesquisa-do-ppgm-ufrj/)
d) Profa. Dra. Maria Alice Volpe: editoria dos “Anais do Simpósio Internacional de Musicologia” da UFRJ, evento que alcançou sua décima edição em 2019. (ver https://ppgm.musica.ufrj.br/2019/08/11/simposio-internacional-de-musicologia-celebra-sua-decima-edicao/).
d) Prof. Dr. Antonio José Augusto: editoria dos “Anais do Simpósio Nacional Villa-Lobos”, evento que alcançou sua quinta e última edição em 2019, no âmbito de um dos mais reconhecidos Festivais de Música da América Latina, o Festival Villa-Lobos.
e) Prof. Dr. Pauxy Gentil Nunes, Prof. Dr. Carlos de Lemos Almada e Prof. Dr. Liduino Jose Pitombeira de Oliveira editoria: dos “Anais do III Congresso TeMA-MusMat 2019” (em preparação, publicação em 2020 postergada em função da pandemia da COVID-19).
2.5.3 Formas de colaboração de docentes colaboradores e visitantes
O PPGM-UFRJ não conta, em seu corpo docente, com professores da categoria visitante, cuja contratação pela UFRJ realiza-se através de editais em que são disponibilizadas não mais do que 05 (cinco) vagas anuais para os 132 (cento e trinta e dois) programas de pós-graduação da universidade. Professores colaboradores, por sua vez, desempenham um importante papel no Programa, observadas as exigências da área (ver “1.5 Perfil do corpo docente do PPGM-UFRJ”), as normas internas da UFRJ e por fim o regulamento do Programa, este definindo como docente colaboradores aqueles professores que, não atendendo a todos os requisitos para serem enquadrados como docentes permanentes, participam todavia de forma sistemática do desenvolvimento de projetos de pesquisa ou atividades de ensino ou extensão e/ou da orientação de discentes, “independentemente do fato de possuírem ou não vínculo com a instituição” (Art. 16). No PPGM-UFRJ, especial atenção foi dispensada ao longo do quadriênio 2017-2020 no sentido de adequar e tornar mais claras as formas de colaboração esperadas desta categoria, com acompanhamento constante do número de orientações em andamento e de disciplinas ministradas, oferecidas preferencialmente na modalidade “Tópicos Especiais”. Ao contrário do que observa-se (e ainda de modo muito parcimonioso, como indicado em “1.5.2 Núcleo Docente Permanente estável e docentes colaboradores”) com docentes permanentes, aos quais é facultado desenvolver projetos de pesquisa em até 02 (duas) linhas de pesquisa do Programa, os colaboradores atuam exclusivamente em uma única linha de pesquisa. Vale destacar, por fim, o papel desempenhado pelos professores externos convidados do PPGM-UFRJ, por meio dos quais concretiza-se importante parte da colaboração do Programa com instituições afins (ver “1.1.3.2, D. Participação de professores convidados externos nas disciplinas do PPGM-UFRJ”).
